Volta às aulas na UFG

Após 2 meses de greve, retorno das atividades foi prejudicado, dizem alunos.
Instituição alegou que houve problemas isolados no curso de história.

 

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

 
 

Após fim da greve, os alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG) esperavam retomar o ritmo normal de estudos nesta terça-feira (11), data marcada para a volta às aulas. Mas muitos encontraram as salas sem professores e no Campus II, em Goiânia, não havia sequer energia.

O Campus Samambaia (II) está no escuro desde segunda-feira (10). Em algumas salas, não foi possível realizar qualquer tipo de atividade. Em outras, as aulas até aconteceram de forma improvisada, mas com prejuízos aos alunos, pois, sem energia, os equipamentos não funcionavam.

Até a sala onde ficam os materiais dos professores não pôde ser aberta. Funcionária da secretaria de uma das unidades, Adriana Oliveira de Santana explica que a tranca é eletrônica: "Para abrir, a gente digita o código aqui a porta abre. Mas sem luz, ela não funciona".

Os estudantes não esconderam a frustração. "Foi enviado um e-mail para os alunos dizendo que hoje era o primeiro dia de aula e o professor não aparece. O próprio departamento não tem nem notícia se ele virá ou não", reclama Dirceu Marchine, universitário do curso de história.

"A gente perde o estímulo de voltar para a aula. É uma surpresa horrível", diz João Paulo Silva Gonçalves, também do curso de história.

A UFG alegou que os problemas no curso de história foram isolados. A Companhia Energética de Goiás (Celg) informou que enviaria uma equipe ao local para verificar a questão da falta de energia.

Reposição
O calendário de reposição ainda não está fechado, mas a universidade já apresentou uma proposta. O primeiro semestre, retomado nesta terça, deve ir até o dia 2 de outubro. O segundo, deve começar em 29 de outubro e acabar somente em março de 2013. Haverá recesso entre 21 de dezembro e 6 de janeiro. As datas precisam ser aprovadas pela Câmara de Graduação.

Ainda não há data para as formaturas e as próximas matrículas. Quem fazia planos para o diploma já sabe que terá de esperar um pouco mais. "Não vou poder iniciar os meus estudos no mestrado, porque precisa de diploma e eu não tenho previsão de quando vou receber o diploma", lamenta Amanda Moreira Primo, universitária de letras.