Renato Conde
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Eguimar Felício: “Geração de serviços e de trabalho”

A mudança de rota de migrantes rumo ao Estado de Goiás e à Região Centro-Oeste começou a ser percebida a partir dos anos de 1990, na avaliação do professor Eguimar Felício Chaveiro, associado do Instituto de Estudos Sociambientais (Iesa) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Segundo ele, o agronegócio no Estado garante a Goiânia o lugar de uma metrópole terciária, com geração de serviços e de trabalho. Todavia, a capital também torna-se palco de “trampolim demográfico”, já que muitos migrantes acabam indo morar no Entorno do Distrito Federal (DF).

O pesquisador ressalta que os migrantes que optam por Brasília são lançados no Entorno, sobretudo em 11 cidades goianas, até porque nesses lugares o custo de vida é menor do que na capital federal. Ao analisar essa movimentação de pessoas pelas cidades do País, ele frisa que, frente à desconcentração industrial do Sudeste, o agronegócio e o setor de serviços tornam-se mais atrativos.

Por outro lado, destaca Eguimar Felício, não se pode dizer, de modo geral, que esse diagnóstico do País mostra que o Nordeste é pobre. Cidades como Luís Eduardo Magalhães (BA) e Barreiras (BA) apresentam profundo dinamismo e atraem trabalhadores até de São Paulo, de acordo com o professor da UFG.

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