Vias de acesso estão saturadas

Localizado a oito quilômetros do centro de Goiânia, o Aeroporto Santa Genoveva é constantemente retratado em guias ou sites de turismo como de fácil acesso devido a sua proximidade com as principais rodovias que dão acesso ou cortam a capital – GO-080, BR-153 e GO-060 –, ou através da Avenida Perimetral Norte. Pode ser que no início de sua operação, em 1956, o acesso realmente fosse rápido, mas há algum tempo as vias que ligam ao terminal já apresentam sinais de saturação. Com a construção do novo terminal, o acesso será pela BR-153 ou pela Avenida Vera Cruz, no Jardim Guanabara, mas não há projetos definidos.

Para quem se desloca para o Aeroporto Santa Genoveva em horário de pico é praticamente impossível não ficar preso em congestionamentos por um prazo além do esperado. Segundo o diretor de Projetos de Engenharia da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidades (SMT), Sérgio Bittencourt, a rua que abriga atualmente a entrada do terminal de passageiros do aeroporto, a Avenida Santos Dumont, não apresenta problemas de fluxo. Em compensação, suas alimentadoras, as Avenidas Meia Ponte e Caiapó, apresentam pontos de congestionamento, causados principalmente pelos polos geradores de tráfego, por serem vias de acesso para o câmpus da Universidade Federal de Goiás (UFG) e órgãos públicos como a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz) e Saneamento de Goiás S.A. (Saneago).

“Quem segue pela Avenida Independência no sentido do Santa Genoveva, começa a ter problemas no cruzamento da Avenida Independência com a 5ª Avenida. Um ponto crítico, com sinal de três tempos”, diz ele. Para Bittencourt, o acesso mais saturado para o aeroporto é a Rua da Divisa, que serve de caminho entre a BR-153 e a entrada do atual terminal do aeroporto.

Duplicar

O taxista Adriano Pereira da Silva confirma a análise de Bittencourt. Para ele, apesar de ser o acesso mais prático, por ligar a BR-153, a Rua da Divisa é o pior acesso. “A gente sempre escuta comentários de que vão melhorar, vão duplicar, vão criar outras vias, mas ninguém vê nada de concreto. Enquanto isso, perdemos dinheiro e ouvimos reclamação dos clientes, principalmente de quem vem de fora”, afirma.

Silva afirma que nos dias e horários de grande demanda, entre as 18 horas e 20 horas, é comum faltar táxi no ponto. “Demoramos cerca de uma hora e meia para levar um passageiro no Setor Nova Suíça e voltar”, exemplifica. Segundo a Secretaria Municipal de Obras (Semob), o projeto de duplicação da rua já está em estudo, mas não tem prazo para ser concretizado.