De volta aos palcos
Mostra Paralelo 16 transforma Goiânia na capital da dança contemporânea de hoje até domingo
Taynara Borges 20 de novembro de 2013 (quarta-feira)
Com companhias locais e grupos convidados de outros Estados, a mostra de dança contemporânea Paralelo 16 movimenta a cena da capital goiana, de hoje a domingo, em sua quinta edição desde que foi criada, no ano de 2005. Ao todo serão sete espetáculos que se revezarão entre os palcos do Teatro Goiânia e do Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (UFG), além de duas oficinas gratuitas a serem realizadas no Espaço Quasar, no fim de semana.
Dos grupos goianos que integram a programação estão a Quasar Cia. de Dança, com o espetáculo no Singular, a Cia. de Dança Basileu França, com Desencontros, a DasLos Grupo de Dança, com RockInCorpo, e Gleysson Moreira em Entretanto Entretendo. Entre os convidados estão Lamira Cia. Cênica, de Palmas (TO), apresentando Do Repente; Cia. Mário Nascimento, de Belo Horizonte (MG), com Território Nu, e os cariocas da Renato Vieira Cia. de Dança, com Boca de Lobo.
A mostra é fruto de uma parceria entre a Associação Contemporânea de Cultura, a Arte Brasil Produção de Eventos e a Quasar Cia. de Dança. A curadoria ficou a cargo do bailarino e pesquisador João Paulo Gross.
A primeira edição da Paralelo 16 se deu em agosto de 2005 quando foi criado o conceito de uma mostra não competitiva que trouxesse destaques nacionais da dança contemporânea para Goiânia. Na ocasião, foi realizada pela então Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel).
No entanto, sem apoio posterior e sem recursos, a segunda edição só ocorreu em fevereiro de 2009, quando recebeu sua primeira atração internacional, o grupo espanhol La Intruza Danza. A terceira foi logo no ano seguinte, em 2010, também em fevereiro, quando firmou parceria com o Goiânia Convention & Visitors Bureaux e a Abrasel Goiás. A última edição foi registrada em novembro de 2011 com um mês de apresentações no Teatro Plínio Marcos, em Brasília, com apoio da Funarte e a proposta de aproximar a produção artística das duas cidades.
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O Teatro Goiânia, unidade da Secult Goiás, será palco, de quarta-feira (20) a domingo (24), de grandes espetáculos nacionais e regionais, além de oficinas, que integram a programação da 5ª edição da Mostra de Dança Contemporânea Paralelo 16. O evento também terá atrações no Centro Cultural da UFG (Setor Universitário). Em ambos os espaços os espetáculos terão início às 20 horas, com ingressos a R$ 10,00.
Artistas como Mário Nascimento, de Minas Gerais; Renato Vieira, do Rio de Janeiro; Lamira Cia. Cênica, do Tocantins; e artistas da capital de Goiás, como Quasar Cia. de Dança, DasLos Grupo de Dança, Cia. De Dança Basileu França e Greysson Moreira, apresentam as criações que consagram o Estado de Goiás e o País como um dos mais férteis territórios da dança.
A mostra de dança será aberta pela Cia. Quasar nesta quarta-feira (20), no Teatro Goiânia, com o espetáculo No Singular, assinado pelo coreógrafo Henrique Rodovalho, que propõe a temática sobre a velocidade de informação e a ampla interação das pessoas por meio das tecnologias digitais.
As informações são do Goiás Agora.
Entrevista Vera Bicalho
“Temos um panorama muito bom”
Coordenadora geral da mostra, Vera Bicalho, bailarina e fundadora da Quasar Cia. de Dança, comenta nesta entrevista ao POPULAR a nova edição do evento, o cenário goianiense da dança contemporânea e o histórico da Paralelo 16. Confira.
20 de novembro de 2013 (quarta-feira)
Qual a justificativa primeira da mostra?
A proposta é, em primeiro lugar, colocar Goiânia no circuito de bons espetáculos de dança uma vez que, no nosso país, é tão difícil realizar eventos assim. É fazer com que a gente possa ter uma diversidade de espetáculos, fomentar nosso trabalho, a dança em si, mostrando companhias profissionais.
Como foi esse histórico? A mostra começou em 2005, depois só voltou em 2009, no ano passado não teve...
Fazer um trabalho de continuidade no nosso pais é muito difícil. Daí, temos que trabalhar em um perfil independente. Não há festivais como acontece com o Fica (Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental), portanto está sujeito sim a esta demanda de políticas públicas, patrocínio, para fazer um evento de qualidade. E, se não temos recursos suficientes, não fazemos o evento. Com as leis de incentivo, o governo acredita que está contribuindo já. É difícil.
Como se dá a escolha das companhias a cada edição? Existem temáticas?
Nosso evento não é temático. O que a gente prioriza no convite, primeiramente, é que seja uma companhia profissional. Trabalhamos com grupos. Vamos ter uma participação especial de um bailarino, mas o restante são grupos. Até mesmo para valorizar o trabalho destas pessoas. Mas damos valor, principalmente, à obra em si, ao espetáculo, à estética bem acabada, bailarinos técnicos, toda a composição para que a gente possa atrair os olhares do nosso público para a dança.
O que Goiânia tem para mostrar para fora? Qual o cenário da dança hoje aqui?
Estamos vivendo bons momentos. Estão surgindo novos grupos de dança, há uma preocupação técnica e estética já bem mais apurada para entrar no mercado de trabalho. Hoje temos um panorama muito bom. Temos a faculdade na UFG, no Instituto Federal de Goiás, o curso técnico no Basileu França. A licenciatura, a academia, isso completa o palco.
■ Hoje
(Teatro Goiânia, Avenida Anhanguera, Centro)
– Quasar Cia de Dança (GO): no Singular
■ Amanhã
(Centro Cultural UFG/Praça Universitária)
– Lamira Cia. Cênica (TO): Do Repente
– Cia. de Dança Basileu França (GO): Desencontros
■ Sexta-feira
(Teatro Goiânia)
– Cia. de Dança Basileu França (GO) : Desencontros
– DasLos Grupo de Dança (GO): RockInCorpo
– Gleysson Moreira (GO): Entretanto Entretendo
■ Sábado
(Teatro Goiânia)
– Cia. Mário Nascimento (MG): Território Nu
■ Domingo
(Teatro Goiânia)
– Renato Vieira Cia. de Dança (RJ): Boca do Lobo
Horário: a partir das 20 horas
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Informações: 3251-5580
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