“Por enquanto, não há motivos para pânico”
Data: 11 de outubro de 2014
Fonte/Veículo: O Popular
Infectologista do Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), o médico João Alves diz que a sobrevivência dos infectados está relacionada com a qualidade da assistência médica prestada.
Há chances do vírus ebola chegar a Goiás?
Quando você lida com um fenômeno biológico não pode falar que não existe. Pode acontecer, mas a chance é remota. Não temos voos diretos da África para Goiânia e nem somos cidades portuárias. A tendência é que as pessoas infectadas cheguem primeiro nos locais onde há portos e voos internacionais.
Mas o primeiro caso suspeito no Brasil passou por um aeroporto de São Paulo e manifestou os sintomas no interior do Paraná. Os profissionais da Saúde em Goiás estão preparados para atender possíveis casos da doença?
O treinamento tem sido feito. O problema do Brasil é que é um País muito extenso. Temos uma grande heterogeneidade da assistência médica. O fundamental é o profissional de saúde ficar atento e perguntar a pacientes com quadro de febre se ele tem histórico de viagens. Se isso não for levado em consideração, podemos ter problemas.
A população deve ficar preocupada?
Eu acho que a população brasileira deve ficar atenta aos informes do Ministério da Saúde, das Secretarias Estaduais de Saúde e ONGs confiáveis, como a Médicos Sem Fronteiras e a Cruz Vermelha. Mas, por enquanto, não há motivos para pânico.
Fonte: O Popular
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