Industrialização do tomate

Data: 16/11/2014

Veículo: Diário da Manhã

Link da matéria: http://www.dm.com.br/texto/197560

 

De acordo com dados da Faeg, Estado tem uma participação com aproximadamente 65% de todo o tomate industrial plantado no Brasil, o que lhe confere o status de principal produtor do País

 Goiânia será sede do 7º Congresso Brasileiro de Tomate Industrial (CBTI), entre os dias 26 e 28. O evento deste ano tem como tema Integração Agrícola e Industrial e o objetivo é promover discussões sobre as transformações da cadeia agroindustrial ao longo dos anos. No temário, serão abordadas questões que envolvem o relacionamento do setor responsável pela produção de matéria-prima do tomate com o segmento de processamento industrial. A última edição do CBTI aconteceu em 2012. 

O CBTI será realizado no Centro de Convenções de Goiânia. Além de palestras, painéis e mini-cursos voltados à pesquisa, inovações e tendências, a 7ª edição do CBTI também celebrará o centenário da agroindústria do tomate no Brasil. A palestra "Agroindústria do tomate no Brasil: 100 anos de história e evolução", que será proferida pelo professor Paulo César Tavares de Melo, pesquisador da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e coordenador geral do 7º CBTI, será um dos pontos altos do evento. Paralelo ao evento acontece a Feira de Produtos e Negócios 2014, onde fornecedores de insumos, máquinas e equipamentos apresentarão novidades e tendências em torno da área agrícola. 

Paulo César Tavares de Melo está convencido de que o 7º CBTI é uma oportunidade para conhecer o que há de melhor e mais moderno nesse importante mercado que movimenta o agronegócio brasileiro. "No que diz respeito ao tomate industrial, sabemos que mudanças significativas aconteceram no processo de produção e industrialização nestes últimos 100 anos. Mas agora precisamos ter um olhar no futuro, principalmente no que se refere às dificuldades de cultivo e manejo que refletem diretamente no processamento. Por isso a importância do diálogo e da integração entre os elos desse sistema. Esta edição do CBTI também trará as últimas novidades do mercado que fornece insumos, máquinas e serviços aos produtores e industrias que usam o tomate como principal negócio", observa. 

Goiás lidera ranking do tomate

De acordo com dados da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), a safra de tomate industrial estimada para Goiás em 2014 é de pouco mais de 1,1 milhão de toneladas numa área plantada de 14.500 hectares. Com este número, o Estado tem uma participação de aproximadamente 65% de todo o tomate industrial plantado no Brasil. A produtividade goiana para este ano varia entre 80 e 84 toneladas e coloca o Estado como principal produtor do País.

Entre as principais cidades que cultivam o tomate industrial em Goiás estão Cristalina, Morrinhos, Itaberaí e Silvânia. Essa posição privilegiada no ranking de cultivo e processamento do tomate industrial se dá por conta dos aspectos climáticos e tipo de solo favoráveis para a cultura do fruto, o que atrai cada vez mais os olhares dos produtores e indústrias para o Centro-Oeste brasileiro. Atualmente estão instaladas em Goiás 12 indústrias de processamento desta matéria-prima. A primeira destas foi fundada há mais de 27 anos. 

Brasil é o 

7º do mundo

A safra brasileira de tomate industrial é estimada em 2014 em mais de 1,9 milhão de toneladas. Os números colocam o País como o 7º produtor de tomates para processamento no mundo. 

O fruto conhecido como tomate industrial, ou tomate rasteiro, tem sua produção destinada ao processamento. Ele é matéria-prima dos produtos atomatados e os mais comuns são os extratos, molhos, catchups e outros derivados. Um dado curioso é que mesmo com elevada produção, o Brasil importa todos os anos de 60 a 70 mil toneladas de atomatados para suprir a demanda industrial. 

O 7º Congresso Brasileiro de Tomate Industrial, que acontece entre os dias 26 e 28, na Capital goiana, é uma realização de Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Universidade Federal de Goiás (UFG), Embrapa Hortaliças e Associação Brasileira de Horticultura (ABH). A organização do evento está a cargo da WIN Eventos.

Fonte: Diário da Manhã

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