Organização de agricultores familiares em associações e cooperativas facilita o acesso a políticas públicas

Associativismo propicia a formação de cooperativas

A organização de agricultores familiares em associações e cooperativas agrícolas despertou o interesse de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) em investigar a importância da união desses produtores. A pesquisa começou em agosto de 2013 com foco nas microrregiões de Ceres e do sudoeste de Goiás.

A agricultura familiar no Brasil tem visto no associativismo uma estratégia mais segura de começar a participar coletivamente. Para o coordenador da pesquisa, Adriano Oliveira, é como se fosse uma espécie de estágio probatório. “Se o grupo demonstrar coesão dá o passo seguinte que seria a constituição de uma cooperativa”, enfatiza.

O governo federal apoia a organização dos produtores em associações e cooperativas para que o acesso às políticas públicas seja potencializado. Um exemplo, citado pelo coordenador da pesquisa, é a participação no Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, que tem estimulado a organização dos produtores. O governo federal propicia, às empresas que compram matéria prima da agricultura familiar, o chamado Selo Combustível Social.

Na microrregião de Ceres, percebe-se a expressividade da agricultura familiar. O pesquisador relata que: “a partir do momento que a região elege uma atividade específica de atuação, como no caso de Itapuranga que é a fruticultura, há a manutenção de um cooperativismo mais ativo que fortalece esse formato de organização”.