Perdas de grande alcance na atividade

Data: 23 de maio de 2015

Fonte/Veículo: O Popular 

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O médico veterinário Rafael Costa Vieira, gerente do Laboratório de Análise e Diagnóstico Veterinário da Agrodefesa (Labvet) e tesoureiro do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás (CRMV-GO), afirma que a doença, sempre que confirmada, é de notificação obrigatória ao serviço veterinário oficial.

Os estragos causados pela tripanossomose bovina estão relacionados à queda da produção diária de leite e à perda do animal afetado, pois nos casos mais graves a doença pode levar à morte de forma rápida, em até sete dias. Rafael explica que, com o rebanho infectado, a produtividade pode cair mais de 70%.

“O grande problema da doença é a perda na produção, que gera prejuízos para o produtor e, consequentemente, para a atividade como um todo. Dificilmente há apenas um animal infectado, portanto o que precisa ser feito são adequações no manejo nas propriedades. Os produtores precisam corrigir os fatores que disseminam a doença. Geralmente, estão relacionados ao uso compartilhado de agulhas”, alerta.

De acordo com o médico veterinário da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás, Thiago Souza, as perdas em produtividade na fazenda de Ipameri já chegam a 50%. A fazenda produzia, aproximadamente, 1.200 litros por dia e após o ocorrido está produzindo cerca de 600 litros.

“Existe tratamento, mas o remédio é um quimioterápico que não pode ser utilizado por muito tempo. O que acontece é que, quando se suspende o uso do medicamento, o animal pode vir a apresentar os sinais clínicos da doença novamente”, diz.

Outra investigação

Thiago informa que uma outra propriedade, também próxima a Ipameri, será investigada, pois os animais têm apresentado sintomas semelhantes. “A UFG tem o interesse de trabalhar em conjunto com a Agrodefesa para dar apoio ao produtor. É importante que o Senar ajude nessa luta preventiva e no desenvolvimento de palestras para veterinários, pois como não havia caso em Goiás, muitos profissionais não conhecem a doença”, frisa.

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