Ação de vigilância contra a Hanseníase será concluída neste final de semana

Parceira da UFG e SMS percorreu os bairros Jardim América, Jardim Curitiba e Parque Tremendão, áreas com alta incidência da doença 

O Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG) vem desenvolvendo, em parceria com a Secretária Municipal de Saúde (SMS), um projeto de vigilância para diagnóstico de novos casos de hanseníase. A iniciativa inclui a realização de visitas domiciliares em áreas estratégicas de Goiânia. O projeto conclui as ações neste sábado, 13, em residências do Jardim América, a partir das 8h.

As visitas são realizadas por equipes multidisciplinares que realizam gratuitamente entrevistas, exames dermato-neurológicos e coleta de sangue com familiares e vizinhos que conviveram com pessoas que tiveram a doença. Estes procedimentos são complementares ao diagnóstico realizado nas unidades de saúde.

Além do Jardim América, o projeto percorreu os bairros Jardim Curitiba e Parque Tremendão, áreas com alta incidência da doença. Os setores foram escolhidos com base em um processo de georreferenciamento dos casos novos de 2013 e refletem os bairros com registro recente de alto índice de casos da doença.

Como a transmissão da hanseníase envolve contato entre pessoas por período prolongado, esta iniciativa visa detecção precoce da doença em indivíduos que, por contato com portadores ou ex-portadores de hanseníase, podem ter contraído a doença, mas ainda não identificaram os sintomas em seu corpo.

A Doença

A Hanseníase é uma doença infecto contagiosa, crônica e que preocupa a saúde pública devido à sua magnitude e deformidades que causa. Os sintomas envolvem sensação de formigamento ou dormência nas extremidades do corpo com diminuição da aptidão e força muscular; manchas brancas ou avermelhadas na pele com perda de sensibilidade.

A hanseníase é causada por uma bactéria, tem cura e o tratamento constitui uma combinação de antibióticos que é fornecida gratuitamente pelo Serviço Único de Saúde (SUS). Com o diagnóstico precoce e tratamento adequado, as chances de transmissão para outras pessoas e as possíveis sequelas são diminuídas. A partir da primeira dose do tratamento, o paciente não transmite mais hanseníase. Os casos de hanseníase em Goiânia vêm caindo ao longo dos anos, em 2007 eram ao todo 507 casos, já em 2014 caiu para 200.