Pesquisa investiga a disseminação de DST´s por caminhoneiros

Casos de sífilis em caminhoneiros está diretamente relacionado ao número de dias que esse profissional passa fora de casa

Realizada com 800 caminhoneiros, pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal de Goiás (UFG), em parceria com o Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime (Unodc), Ministério da Saúde e Secretaria de Vigilância em Saúde, investiga prevalência de doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) em caminhoneiros que trafegam por Goiás.

Segundo a coordenadora da pesquisa, professora Keila Correia de Alcântara, o fato de muitos caminhoneiros realizarem rotas longas e viverem em constante deslocamento, associado a seu estilo de vida próprio, contribui com a disseminação de DST’s em um amplo espaço geográfico em um curto espaço de tempo.

Conforme o estudo, quanto maior o tempo longe de casa, maior o nível de infecção por sífilis entre caminhoneiros. Devido ao longo tempo longe de casa e da família, esses profissionais acabam desenvolvendo comportamento de risco, mostrando-se vulneráveis a práticas sexuais eventuais e desprotegidas.

Outro dado levantado pelo estudo é que cerca de 60% dos profissionais que participaram da pesquisa se declararam casados ou em relação consensual estável fazendo com que não apenas a sua saúde estivesse em risco, mas também a de sua parceira.

Fonte: Ascom UFG