Pesquisa explora práticas e crenças da alimentação no primeiro ano de vida

Mitos e alternativas com mais benefícios nutricionais foram analisados

A pesquisa Práticas e Crenças Maternas Relacionadas à Alimentação Complementar de Crianças no Primeiro Ano de Vida, desenvolvida na Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Goiás (UFG), entrevistou 15 mães moradoras da Região Noroeste de Goiânia para conhecer as práticas e crenças que norteiam as escolhas maternas. Concluído em 2009, o trabalho explorou crenças populares da alimentação no primeiro ano de vida da criança, como o uso das papinhas, chás e até a ingestão precoce de água.

A professora que desenvolveu a pesquisa, Márcia Helena Sacchi Correia, ressalta a importância da amamentação exclusiva até os seis meses de vida e da introdução da alimentação complementar, destacando a relevância da família e/ou cuidador no preparo dos alimentos e o emprego de práticas saudáveis como o uso moderado de sal e óleo. De acordo com a professora, o ideal é o preparo de refeições na hora ou no dia.  Correia cita também o papel dos profissionais de saúde: “A postura do profissional de saúde é de educador”.

Desmitificar

Um dos grandes problemas relatados pela pesquisadora é o marketing. Segundo o estudo, a mãe vê o produto e considera que, se a criança não o receber, perderá algo. Outro problema citado é o suco em pó. A professora alerta que este produto, rico em conservantes e açúcares, não tem valor nutricional. A retirada do feijão por achar “forte” também foi apontada como um fator problemático, pois é uma fonte essencial de ferro. A pesquisa observou ainda um mito comum sobre a qualidade do leite materno, em que a mãe acha que não está sustentando a criança e acaba introduzindo outro alimento, sem nenhuma orientação médica.

Dia Mundial da Alimentação

No dia 16 de outubro é celebrado o Dia Mundial da Alimentação, data também adotada pelo Ministério da Saúde. A pesquisa Práticas e Crenças Maternas Relacionadas à Alimentação Complementar de Crianças no Primeiro Ano de Vida foi premiada no III Prêmio Científico Helena Feijó, em 2010, promovido pelo Conselho Regional de Nutricionistas (CRN/1ª Região) na área de Saúde Pública.

Fonte: Ascom UFG