UFG inova na produção de bebidas lácteas

Pesquisadores entraram com processo de patente de novo produto

Considerado até bem pouco tempo como um subproduto rejeitado pela indústria, o soro do leite é atualmente um co-produto da produção do queijo bastante valorizado e tem sido utilizado em pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Cientes de seu alto valor nutritivo e, diante do descarte de uma grande quantidade desse elemento do leite, pesquisadores criaram uma bebida láctea que é feita a partir da combinação de leite, fermento, soro e saborizante.

Em busca de uma bebida nutritiva e que represente baixo custo ao consumidor final, os pesquisadores incorporaram ainda, o extrato do arroz vermelho, que é pouco utilizado na região Centro-Oeste, mas que apresenta propriedades nutricionais mais elevadas do que o arroz branco tradicional. Ainda no segmento do desenvolvimento e produção de bebidas lácteas, a pesquisa utiliza frutos do Cerrado para saborizar as bebidas, como por exemplo o araticum.

De acordo com o professor Edmar Soares Nicolau, coordenador da pesquisa, a diferença de bebida láctea e o iogurte é a consistência e o processo empregado na produção, o que torna o preço da bebida láctea mais atrativo que o do iogurte, atendendo assim um público maior. Para o professor, o desenvolvimento dessa bebida, além de fomentar a criação de um produto com qualidade nutricional elevada, ainda contribui ao promover acesso a esse tipo de alimento a uma maior parte da população.

Ainda segundo o professor, em sua fase de testes, os produtos resultantes dessa pesquisa foram oferecidos ao público como forma de medir seu nível de aceitação, o que gerou números positivos. Diante disso, a Universidade entrou com processo de patente para essa pesquisa.

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Nicolau explica também que, além das bebidas lácteas fermentadas saborizadas, pesquisas realizadas com estudantes de mestrado e doutorado desenvolveram duas variedades de queijo mussarela de leite de búfalas, um saborizado com pequi e outro com pimenta de cheiro.

Fonte: Ascom UFG