Software desenvolvido na UFG auxilia o diagnóstico de pneumonia na infância

O projeto abarca crianças mais vulneráveis à doença, na faixa etária entre zero e dois anos

Pesquisa realizada no Instituto de Informática (INF) da Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolveu software que auxilia o diagnóstico dapneumonia em crianças de zero a dois anos. O PneumoCad avalia a probabilidade do paciente estar com a doença por meio da foto da sua radiografia, que é comparada com outras imagens de um banco de dados.

Com acesso a um computador com internet e previamente cadastrado, o profissional de saúde insere os dados do paciente e anexa uma foto do raio-X no sistema do PneumoCad. A similaridade dessa radiografia com outras que já foram laudadas é calculada. Em seguida, o próprio software utiliza estas imagens semelhantes e fornece a probabilidade de a criança estar ou não com pneumonia bacteriana. O resultado é apresentado ao médico para auxiliá-lo na análise final.

Além de auxiliar no diagnóstico, o PneumoCad utiliza informações do endereço do paciente, casa ou creche, para localizá-lo em um mapa. Segundo ocoordenador da pesquisa Leandro Oliveira, é possível analisar a distribuição da doença no mapa, informação que poderia ser útil para a gestão pública de saúde. “Outro dado importante é vincular se essa criança frequenta algum tipo de creche, pois será possível identificar possíveis focos da doença”,afirmouA iniciativa pretende adaptar o programa para auxiliar na leitura de outros exames de imagem, como tomografias e mamografias.

O pesquisador enfatiza que o projeto foi desenvolvido visando baixos recursos. “Nós precisamos da foto do raio-X. Não há necessidade de equipamentos muito sofisticados, podendo ser os aparelhos existentes nos postos de saúde. Pensamos em aplicar essa tecnologia onde não existem muitos dispositivos médicos, como cidades no interior do Brasil,” acrescentou Oliveira. Segundo ele o software é mais uma ferramenta tecnológica queauxilia no diagnóstico da doença, não substitui a avaliação médica.

Apoio

O projeto está sendo desenvolvido há cinco anos com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), em parceria com oInstituto de Patologia Tropical Saúde Pública (IPTSP) da UFG, e funciona de forma experimental no INF, ainda não foi colocado em nenhuma instituiçãode saúde. O pesquisador afirma que pretende firmar parcerias com o Governo Estadual ou com a Prefeitura de Goiânia para disponibilizar o sistema em um projeto-piloto.

Fonte: Ascom/UFG