Projeto divulga trabalhos de iniciação científica em escolas goianas

Iniciativa leva monografias, dissertações e teses às escolas municipais e estaduais da Capital para popularização da ciência

Popularizar o conhecimento produzido nas universidades e mostrar aos estudantes que a academia não é algo distante de suas vidas. Esses são os principais objetivos do Projeto Socializar, projeto de extensão da Universidade Federal de Goiàs (UFG), apoiado pelo Programa de Extensão Universitária (ProExt), do Ministério da Educação, em parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Goiás (SBPC/GO), a ONG Cultura Cidade e Arte, e as secretarias Municipal e Estadual de Educação. O projeto leva até as escolas públicas da Capital trabalhos de iniciação científica, monografias, dissertações e teses de diferentes áreas do conhecimento produzidos pelas Instituições de Ensino Superior de Goiás. Os trabalhos foram selecionados e premiados pela SBPC-GO.

 

Coordenadora do Socializar, a professora do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFG, Rosália Santos Amorim Jesuino, que já há alguns anos trabalha com outros projetos de extensão que também levam informações a escolas públicas, afirma que sempre se incomodou com a distância entre a academia e a sociedade.  A resposta encontrada foi a criação do projeto que, como o próprio nome diz, socializa o conhecimento. Assim, com a ajuda de bolsistas, a professora escolhe trabalhos que compõem a coletânea do I Prêmio SBPC-GO de Popularização da Ciência e, com o consentimento dos autores, prepara apresentações e expõe nas escolas.

 

Um aprende com o outro

Rosália Amorim conta que, entre os principais desafios do projeto, está o de transformar a linguagem científica dos trabalhos a serem divulgados em uma linguagem acessível, que permita a compreensão dos estudantes. Por esse motivo, a equipe de bolsistas e voluntários é composta por acadêmicos de áreas distintas do conhecimento. Assim, um ajuda o outro. “É muito importante a participação de discentes de diferentes áreas dos saberes para auxiliarem na compreensão dos temas a serem abordados nas escolas, desta forma o acadêmico que não detém o domínio do assunto pode suscitar algumas dúvidas, que podem ser compartilhadas pelos escolares. Assim, um aprende com o outro e eu aprendo muito com eles também”, explica a professora.

 

Todos os bolsistas que trabalham no projeto são ex-alunos de escolas públicas. A professora explica que essa é uma característica importante, porque esses bolsistas dão seus depoimentos, mostrando que o acesso à universidade é para todos. “Outro objetivo embutido nesse projeto é mostrar que a universidade é algo possível para todos eles. Nossa equipe sai das escolas e deixa aquela sementinha, deixa os alunos cheios de planos. Isso é o mais gratificante”, relata a professora.

Fonte: Ascom UFG