Casarão onde viveu a poetisa Cora Coralina está de cara nova

Data: 23 de abril de 2016

Veículo/Fonte: Portal Jornal On

Link direto da notícia: http://www.jornalon.com/casarao-onde-viveu-a-poetisa-cora-coralina-esta-de-cara-nova/ 

 

 

O casarão em Goiás onde viveu a poetisa Cora Coralina está de cara nova. O museu foi revitalizado e agora é bem mais interativo.

Tem Cora Coralina por todos os lados. Pelas paredes, nos manuscritos da escritora, as roupas e na mobília do casarão do século XVIII.

Cora Coralina gostava de passar boa parte do tempo na cozinha. Era no fogão de lenha que ela fazia doces deliciosos nos tachos de cobre. Hoje ninguém mais cozinha no local, mas ainda tem fumaça no ar. Só que agora, é fumaça de poesia, que se espalha por toda a casa.

“Nós temos um modo de apresentar a poesia hoje que ela toca mais profundamente por invadir não apenas o olho num processo de leitura convencional de uma página, mas ela traz um contexto diferente de você sentir a poesia”, diz Cleomar Rocha, coordenador de mídias interativas da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Para dar vida à obra da poetisa que morreu há 31 anos, os pesquisadores da Universidade Federal de Goiás usaram a tecnologia.

Surgem letras, palavras que matam a sede do saber, do conhecimento. Da velha máquina de datilografar sai “O Cântico da Terra!” um retrato de como Cora se sentia no mundo.

Versos e emoções que agora podem ser eternizados de um novo jeito nas redes sociais. “Tudo bem moderno e já vai bombar com muitas curtidas”, aposta a turista Isabel Girão.

E se Cora estivesse viva pra ver isso? “Ela estaria em estado de graça, porque ela tinha o maior prazer em receber os turistas, conversar com os turistas, vender o seu doce, vender os seus livros. Ela fazia dedicatórias pra cada livro que ela vendia”, diz a diretora do museu, Marlene Velasco.

E no meio de anônimos, três gerações de Cora Coralina: o neto Paulo, a bisneta Mariana e a Camila, a tataraneta.

“Cora sempre foi uma admiradora do progresso. Ela gostaria muito de ver a tecnologia do século XXI incorporada à velha casa da ponte”, afirma o neto Paulo Bretas.

Categorias: clipping