IBM fornece poder computacional para pesquisar vírus Zika

Data: 19 de maio de 2016

Fonte/Veículo: IT Forum 365

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Em parceria com Universidade Federal de Goiás, projeto possibilita que qualquer pessoa que possua PC ou dispositivo móvel contribua com processamento da pesquisa

IBM fornece poder computacional para pesquisar vírus Zika

IBM, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e apoio da Fundação Oswaldo Cruz(Fiocruz), anunciou que irá fornecer poder computacional para ajudar em pesquisas para desenvolvimento de fármacos para a cura do Zika- vírus de rápida propagação declarado como emergência global de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A empresa, por meio do World Community Grid, grupo global de cientistas, convidam qualquer pessoa que possua computador ou dispositivo móvel Android para juntar-se ao projeto OpenZika. Os voluntários não precisam doar tempo, conhecimento ou dinheiro para ajudar: eles simplesmente instalam um aplicativo em aparelho Windows, Mac, Linux ou dispositivo móvel Android e, automaticamente, passam a realizar experimentos virtuais para cientistas sempre que esses aparelhos estiverem inativos.

A ideia é acelerar as triagens virtuais de compostos com potencial para formar a base de medicamentos antivirais para exterminar o vírus, que está ligado a graves doenças neurológicas. O projeto irá rastrear compostos de bancos de dados já existentes em comparação aos modelos obtidos de estruturas de proteínas do vírus Zika com velocidade infinitamente maior do que em um laboratório tradicional.

Os resultados serão rapidamente compartilhados com a comunidade científica e com o público em geral. Os compostos promissores serão, então, testados nos laboratórios em experimentos in vitro.

De acordo com Carolina Horta Andrade, Ph.D., professora na Universidade Federal de Goiás e pesquisadora líder do projeto OpenZika, a ajuda de voluntários do World Community Grid permitirá avaliar computacionalmente mais de 20 milhões de compostos apenas na fase inicial e, potencialmente, até 90 milhões em fases futuras. “A execução do OpenZika pelo World Community Grid nos permitirá expandir a escala do nosso projeto e acelerar a taxa na qual podemos obter resultados em relação à descoberta de um medicamento antiviral”, completa.

Desde 2004, o World Community Grid atende às necessidades críticas de pesquisadores para potencializar a supercomputação fornecendo, de forma gratuita, uma grande infraestrutura tecnológica para cientistas. Já são mais de três milhões de computadores e dispositivos móveis de 750 mil pessoas e 470 instituições em 80 países que contribuíram para mais de 20 projetos de importância vital ao longo dos últimos 11 anos, com um valor estimado de mais de 500 milhões de dólares.

Para realizar tais experiências computacionais, os pesquisadores do OpenZika estão usando uma ferramenta de triagem virtual chamada AutoDock VINA, desenvolvida pelo laboratório de Olson no Instituto de Pesquisa Scripps. Na sua essência, o World Community Grid é ativado pelo Berkeley Open Infrastructure for Network Computing (BOINC), uma plataforma open source desenvolvida na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e com o apoio do National Science Foundation.

Voluntários podem apoiar a pesquisa do OpenZika na busca para a cura da doença se juntando ao World Community Grid. Para saber mais sobre a iniciativa e participar, acesse www.worldcommunitygrid.org.

 

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