Projeto OpenZika reúne IBM, UFG e Fiocruz

Data: 20 de maio de 2016

Fonte/Veículo: Inovação nas Empresas

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O World Community Grid da IBM, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), lança estudo que poderá identificar possíveis fármacos para a cura do Zika, um vírus de rápida propagação declarado como emergência global de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde.

A IBM e o grupo global de cientistas convidam qualquer pessoa que possua um computador ou um dispositivo móvel Android para juntar-se ao projeto OpenZika. Os voluntários não precisam doar tempo, conhecimento ou dinheiro para ajudar. Eles simplesmente instalam um aplicativo em seu aparelho Windows, Mac, Linux ou dispositivo móvel Android e, automaticamente, passam a realizar experimentos virtuais para os cientistas sempre que esses aparelhos estiverem inativos. Para participar, acesse www.worldcommunitygrid.org.

Por meio do projeto OpenZika, o World Community Grid irá acelerar as triagens virtuais de compostos com potencial para formar a base de medicamentos antivirais para exterminar o vírus, que está ligado a graves doenças neurológicas. O projeto irá rastrear compostos de bancos de dados já existentes em comparação aos modelos obtidos de estruturas de proteínas do vírus Zika com uma velocidade infinitamente maior do que em um laboratório tradicional. Os resultados serão rapidamente compartilhados com a comunidade científica e com o público em geral. Os compostos promissores serão, então, testados nos laboratórios em experimentos in vitro.

“A ajuda de voluntários do World Community Grid nos permitirá avaliar computacionalmente mais de 20 milhões de compostos apenas na fase inicial e, potencialmente, até 90 milhões em fases futuras”, diz Carolina Horta Andrade, Ph.D., professora na Universidade Federal de Goiás e pesquisadora líder do projeto OpenZika. “A execução do OpenZika pelo World Community Grid nos permitirá expandir a escala do nosso projeto e acelerar a taxa na qual podemos obter resultados em relação à descoberta de um medicamento antiviral”, afirma Carolina.

“O World Community Grid é um excelente exemplo de como cidadãos, empresas, universidades e organizações não governamentais podem trabalhar juntos para alcançar um objetivo comum, com resultados significativos para toda a comunidade. O projeto OpenZika pode ser apoiado por pessoas e organizações do mundo inteiro, com uma ação muito simples: disponibilizando o tempo ocioso de seus computadores, tablets e celulares. Juntos e em rede, podemos ampliar os recursos computacionais e apoiar causas globais como o projeto OpenZika”, comenta Patrícia Menezes, executiva de Cidadania Corporativa da IBM para América Latina.

Desde 2004, o World Community Grid atende às necessidades críticas de pesquisadores para potencializar a supercomputação fornecendo, de forma gratuita, uma grande infraestrutura tecnológica para cientistas. Já são mais de três milhões de computadores e dispositivos móveis de 750 mil pessoas e 470 instituições em 80 países que contribuíram para mais de 20 projetos de importância vital ao longo dos últimos 11 anos, com um valor estimado de mais de 500 milhões de dólares.

Para realizar tais experiências computacionais, os pesquisadores do OpenZika estão usando uma ferramenta de triagem virtual chamada AutoDock VINA, desenvolvida pelo laboratório de Olson no Instituto de Pesquisa Scripps. Na sua essência, o World Community Grid é ativado pelo Berkeley Open Infrastructure for Network Computing (BOINC), uma plataforma open source desenvolvida na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e com o apoio do National Science Foundation.

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