Projeto da UFG oferece atendimento veterinário a cavalos de carroceiros

Proprietários que não têm condições de pagar pelo serviço podem conseguir atendimento gratuito para seus animais no Hospital Veterinário

 

Apesar de não ser recomendado o uso de cavalos para puxar carroças de cargas ou pessoas, esta ainda é uma prática comum nas grandes cidades. Muitas vezes, por falta de recursos ou de informação dos proprietários, os equinos acabam doentes. Visando minimizar o sofrimento desses animais e orientar os que precisam deles como meio de vida, professores e alunos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolvem o projeto de extensão Cavalo Carroceiro, que oferece atendimento gratuito aos animais daqueles que não têm condições de pagar por esse tipo de serviço no Hospital Veterinário.

A professora da Escola de Veterinária e Zootecnia da UFG (EVZ), Luciana Brandstetter, é a idealizadora do projeto, que já funciona há seis anos. Apaixonada por cavalos desde a infância, a professora conta que a ideia surgiu do amor pelos animais e da vontade de ajudar as pessoas que precisam deles para trabalhar e não têm condições financeiras ou conhecimento para lidar com as necessidades dos cavalos. "O projeto não visa julgar o proprietário, visa orientar dentro das possibilidades de cada um e minimizar o sofrimento para o animal. A intenção é a de que eles se sintam à vontade para nos procurar porque queremos ajudar os cavalos", explica.

Apesar do nome, o projeto social não atende apenas cavalos carroceiros, mas também os animais da EVZ e aqueles que são utilizados para serviços como equoterapia, desde que os proprietários realmente não tenham condições financeiras de arcar com consultas, exames e medicamentos. Qualquer trabalhador que preencha esse requisito pode agendar uma consulta pessoalmente ou pelo telefone do projeto (3521-1649).

Cerca de dez alunos do curso de Medicina Veterinária participam diretamente do projeto, de forma voluntária. Mas, segundo a professora responsável, outros professores e alunos que fazem treinamento no Hospital Veterinário também contribuem para os atendimentos. "Os estudantes são o carro-chefe do projeto, mas os animais são atendidos por uma equipe profissional do Hospital, a mesma que realiza os atendimentos pagos", elucida.

Um dos estudantes responsáveis pelo Cavalo Carroceiro, Artur Amorim, destaca que, com o empenho de toda a equipe envolvida, o projeto vem ganhando força e atenção tanto do público-alvo, os carroceiros, quanto de empresas e indústrias, que já têm procurado a EVZ para parcerias. O curioso desse trabalho, segundo o estudante, é a relação de alguns proprietários com seus animais que, em muitos casos, é uma relação de amor, ao contrário do que muitos pensam.

Doações
Ainda em fase de estruturação, o Cavalo Carroceiro precisa de doações. Segundo Artur Amorim, fechar parcerias com empresas é um desafio que aumenta no atual cenário econômico, mas à medida que a visibilidade do projeto cresce, ele ganha mais apoio. Além de empresas, qualquer pessoa pode fazer uma doação para o projeto, que será revertida em compra de medicamentos, alimentos e material de trabalho.

Fonte: Ascom UFG