Comportamento dos solos em relação às chuvas é tema de pesquisa da UFG

Estudo da UFG investiga como cada tipo de solo de Goiânia reage diante da combinação impermeabilização e chuva

Com o objetivo de entender a melhor maneira de compensar a impermeabilização dos terrenos, permitindo que a água da chuva retorne ao lençol freático, a pesquisa “Mecânica dos Solos Tropicais e Não Saturados” da Universidade Federal de Goiás (UFG) realiza o mapeamento dos tipos de solo de Goiânia para descobrir quais as formas mais adequadas de se fazer essa compensação.

Uma das ações da pesquisa foi dividir Goiânia em cerca de três zonas, cada uma com um comportamento específico de solo, e assim, entender quais os tipos de projetos são mais adequados para fazer a compensação de áreas para infiltração. A pesquisa foi iniciada em 2005 e gerou diversos projetos de mestrado e doutorado ao longo dos anos.

O coordenador do estudo, Gilson Gitirana, acredita que este estudo pode oferecer parâmetros para que as autoridades criem normativas mais assertivas em relação ao uso dos solos. O pesquisador, que atua na Escola de Engenharia Civil e Ambiental da UFG, destaca que, se não há essa compensação, toda água da chuva passa a escoar pelas redes de águas pluviais, que não é dimensionada para dar vazão para chuvas de pico, e assim, sempre haverá um excesso de escoamento, o que leva a alagamentos e erosão.

Eficiência

Segundo Gitirana toda área que passa a abrigar uma construção que o impermeabilize precisa de um projeto que seja capaz de compensar essa perda de capacidade de drenagem da água. O professor explica que a eficiência dos poços de infiltração depende do tipo de solo. “Os projetos precisam ser elaborados com critério”, alerta o pesquisador.

Fonte: Ascom