População recebe orientações sobre ataques de cobras

Apesar de acidentes com picadas de serpentes serem bastante comuns no Brasil, cerca de 27 mil casos registrados anualmente segundo o Ministério da Saúde, muitas pessoas ainda não sabem como proceder nessas situações. Considerando esse desconhecimento, a Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolveu o projeto de extensão Picado por cobra? E Agora?, em que uma equipe da Regional Jataí realiza visitas a escolas do ensino médio e eventos da cidade para instruir a população sobre socorro, prevenção e reconhecimento de serpentes peçonhentas.

O projeto iniciou suas atividades em 2013 na feira agropecuária de Jataí, onde a equipe realizava uma exposição de serpentes taxidermizadas e preservadas em formol, bem como conversava com visitantes e trabalhadores rurais sobre o tema. A exposição passou a atrair também a atenção de jovens e, logo, o grupo resolveu desenvolver ações em escolas de ensino médio. Segundo a professora da UFG e idealizadora do projeto, Mirian Machado Mendes, os jovens em idade escolar levam para suas famílias as informações que aprendem e atuam como dispersores do conhecimento sobre o tema.

Dicas

A equipe do Picado por cobra? E Agora? recomenda que as vítimas de acidentes ofídicos procurem serviço médico o mais rápido possível, lavem o local da picada com água e sabão e tentem identificar o gênero da serpente que efetuou o ataque. De acordo com a professora Mirian Machado Mendes, em Goiás, as serpentes peçonhentas mais comuns são as jararacas, que podem ser identificadas pelos desenhos semelhantes a letra “V” ao longo de todo o corpo; as cascavéis, que possuem chocalho na ponta da cauda; e as cobras corais, que têm coloração em forma de anéis vermelhos, brancos e pretos em toda a extensão do corpo. Ela também alerta para os perigos do uso de garrote e torniquete para “segurar o veneno”, de práticas para “conter a peçonha” e do extermínio indiscriminado de cobras.

Programação

A próxima ação do Picado por Cobra? E Agora? está programada para ocorrer na empresa Louis Dreyfus, no Setor Industrial, na próxima sexta-feira, 02, a partir das 13h. O grupo também realiza palestras em fazendas com mais de 15 funcionários. Os interessados em receber as visitas da equipe ou em contribuir para o projeto devem entrar em contato com a Unidade de Ciências Biológicas da Regional Jataí.