UFG e OMS atuam em parceria para avaliar qualidade de vida dos surdos
Proposta já avaliou 300 pessoas com surdez e 100 ouvintes em aspectos como relações sociais, nível de independência e fatores psicológicos
A Universidade Federal de Goiás (UFG) atua em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para investigar a qualidade de vida das pessoas surdas em diferentes áreas. Com o objetivo de coletar dados e levantar informações a respeito das verdadeiras condições de vida de uma pessoa surda, desde 2008, o projeto atua para o desenvolvimento, aplicação e validação dos instrumentos de avaliação cujo alcance soma, até o momento, respostas de 300 surdos e 100 ouvintes.
A metodologia foi proposta e desenvolvida pela OMS e todas as questões são traduzidas para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), permitindo que o surdo possa participar do teste sem nenhuma interferência externa. O participante responde todas as questões de forma objetiva, escolhendo a alternativa que mais o contempla em questões como: “Emque medida você acha que sua dor (física) impede você de fazer o que precisa?” e “Quão satisfeito você está consigo mesmo?”.
Além de se ser uma forma de dialogar diretamente com o surdo, o teste ainda proporciona resultados que são utilizados como fontes para pesquisas e projetos. “Para os surdos que se comunicam pela língua de sinais, a qualidade de vida só pode ser efetivamente avaliada por instrumentos que considerem as características do próprio surdo e que sejam traduzidos e adaptados para essa população”, afirma Neuma Chaveiro, idealizadora do projeto e professora da Faculdade de Letras da UFG.
Sobre o WHOQOL(Libras)
O World Health Organization Quality of Life (WHOQOL) é um instrumento desenvolvido pelo Grupo de Qualidade de Vida da OMS que objetiva elaborar testes que são capazes de avaliar o padrão de vida de determinado indivíduo com algum problema de saúde e a sua relação com a sociedade. Neste caso, o WHOQOL-Libras está disponível online para que qualquer pesquisador que realize estudos junto à população surda. “As informações coletadas são armazenadas para análise posterior. O objetivo é avaliar a pessoa surda e sua relação com o espaço físico que o cerca, as relações sociais, o nível de independência e também o aspecto psicológico”, explica a professora.
Source: Ascom