Potencial turístico ainda é pouco explorado em Goiás

Pesquisa da UFG avaliou a região de negócios e tradições e concluiu que faltam recursos e planejamento integrado para a área

O dia nacional do turismo é comemorado em 2 de março, mas para Goiás ter o que realmente comemorar ainda precisa percorrer um longo caminho. A avaliação é de uma pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG) que analisou os municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade e Anápolis, a chamada região de negócios e tradições. Segundo o estudo, apesar do posicionamento estratégico e do potencial turístico altamente rentável, nesses locais o setor esbarra na burocracia e na falta de investimentos para se desenvolver.

De acordo com os dados levantados pelo programa de Pós-graduação em Administração da UFG, esses quatro municípios são responsáveis por mais de 45% de toda a riqueza produzida no estado, com consolidados centros de referência nacional nos setores de confecções, farmoquímico e agronegócio. Além disso, por possuir localização privilegiada e apresentar índice de competitividade de turismo nacional superior à média brasileira, o estudo aponta que a região deve explorar mais a realização de congressos, especialmente para atrair turistas das regiões norte e nordeste.

Os pesquisadores identificaram também as principais dificuldades para a implementação de políticas de turismo na região. Por exemplo, em relação ao Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável, formulado em 2012, o grupo detectou que apenas duas ações foram plenamente realizadas. “A ideia de ações isoladas e sem intercâmbio, além da linha tênue entre público e privado, travam a real implementação de uma política pública efetiva na região”, afirma a professora Estela Najberg, que orientou o estudo.

Desafios

A pesquisa apontou também a ausência de secretarias municipais estruturadas como fator importante para o comprometimento do turismo na região. Segundo o estudo, é necessário aperfeiçoar pontos específicos como o fato de 67% dos quartos da rede hoteleira não possuir adaptação de quartos para portadores de necessidades especiais. “É preciso aumentar os investimentos e construir um processo mais claro, coeso e transparente para que os planos de desenvolvimento não caiam na descontinuidade ou descrédito”, concluiu o pesquisador Rassan Solarevisky.

Fuente: Ascom UFG