UFG desenvolve andador ortopédico utilizando canos PVC
Matéria-prima foi escolhida por facilidade de acesso, custo baixo e importância de reciclagem
O uso de andadores ortopédicos é primordial para pessoas com alguma dificuldade de locomoção. No entanto, o acesso a esses equipamentos nem sempre é fácil, seja pela disponibilidade ou pelo preço. Pensando nisso, alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolveram o projeto Andadores com PVC, que utiliza canos de policloreto de polivinila, rejeitos normalmente descartados no meio ambiente de forma inadequada pela construção civil, para desenvolver o aparelho ortopédico. O projeto une a pretensão de atendimento à comunidade carente e o emprego de materiais sustentáveis.
O equipamento começou a ser construído em uma disciplina do curso de Engenharia de Produção da Regional Catalão, na qual os estudantes tiveram que elaborar uma peça aplicando princípios sustentáveis. Orientados pelo professor André Carlos Silva, os alunos propuseram a montagem do andador utilizando como matéria-prima canos PVC. Segundo o discente Vitor Calaça, “o peso e a praticidade de se trabalhar com o material, aliado ao seu poder de resistência, destacaram-se como características essenciais para a concepção da proposta”.
Na construção do primeiro andador, além de sete metros de cano PVC, os alunos fizeram uso de materiais de fácil acesso, como calços, conexões, lixas d'água, cola, película sintética (overgrip), adesivos bicomponentes (durepoxi), luvas e tinta spray aplicando, obviamente, técnicas de engenharia estudadas na disciplina. “Analisando sua estrutura, observamos a necessidade de complementar a mesma para não comprometer a segurança do usuário pelas forças possivelmente atuantes na frente e nas laterais”, explica a estudante Gabriela Rosa. O equipamento recebeu treliças e pés antiderrapantes/
Eficiência do produto
Após a apresentação do produto final na disciplina, o projeto teve repercussão e reconhecimento por parte da Regional Catalão, resultando na proposta de desenvolvê-lo com fins beneficentes. O funcionamento do aparelho já foi devidamente testado e em breve poderá ser disponibilizado para a comunidade externa.
Fonte: Ascom UFG