UFG descobre novos possíveis compostos para tratamento contra o vírus Zika
Pesquisadores vão iniciar os testes com as substâncias encontradas que podem resultar em um fármaco contra o vírus
Em maio de 2016, a Universidade Federal de Goiás (UFG), em parceria com a World Community Grid (WCG), da International Business Machines (IBM), iniciou o projeto OpenZika, que visa identificar substâncias com potencial para tratar pessoas infectadas pelo vírus Zika. De uma lista inicial de aproximadamente 7.600 compostos, dentre eles fármacos já aprovados para uso em humanos, cinco foram selecionados e estão em fases de testes in vitro na University of California San Diego (UCSD). Agora, o grupo acaba de descobrir mais nove substâncias potenciais que serão testadas.
A descoberta surgiu em uma segunda leva de pesquisas com 260 compostos adicionais que foram testados por meio de uma triagem virtual, maior e mais diversa, contra as estruturas cristalinas da proteína helicase NS3 do vírus Zika, ligadas ao ácido ribonucleico (RNA). Os compostos também serão encaminhados para a universidade californiana ainda neste mês de março, na busca do desenvolvimento de um medicamento antiviral.
Visibilidade do projeto
O projeto OpenZika já foi contemplado com artigos em websites e revistas, como por exemplo, no site da Forbes, conceituada e mundialmente conhecida revista de negócios e economia. Recentemente, também foi criada uma loja virtual na Zazzle com a logo do projeto, na qual 10% do lucro obtido com as vendas dos produtos será destinado aos estudos. No entanto, até o momento, o projeto OpenZika não conta com auxílio financeiro de nenhuma instituição brasileira ou do exterior. Os pesquisadores têm utilizado recursos de outros projetos para avançar na busca de um medicamento contra o vírus Zika.
Entenda o OpenZika
O OpenZika procura substâncias candidatas a um medicamento que possa tratar as pessoas infectadas pelo vírus Zika. Para que o fármaco seja desenvolvido, os pesquisadores precisam descobrir qual substância é realmente eficaz na intervenção das proteínas-chave que, provavelmente, o vírus usa para sobreviver e se espalhar pelo corpo humano.
Cada substância ou composto sugerido tem sua eficácia testada a partir de experimentos virtuais chamados de triagem virtual, por meio de cálculos de docagem molecular, realizados em computadores e dispositivos Android de voluntários da WCG. Esses cálculos ajudam a equipe de pesquisa a se concentrar nos compostos mais prováveis que podem levar a um medicamento antiviral.
Qualquer pessoa pode ser um voluntário e ajudar na pesquisa. Para isso, basta se cadastrar no site do WCG. A página do projeto OpenZika na UFG traz um passo-a-passo de como se cadastrar e ajudar na busca por um medicamento para o vírus Zika.
Fonte: Ascom UFG