Veículo aéreo não tripulado é entregue à UFG por convênio com MP-GO

Entrega de equipamento na UFG

Foi realizada na manhã desta segunda-feira (24/4) a entrega do veículo aéreo não tripulado (Vant), modelo eBee Plus RTK, conforme convênio celebrado entre o Ministério Público de Goiás e a Universidade Federal de Goiás para execução da pesquisa para aquisição de indicadores socioambientais em meios urbano e rural. O objetivo é promover estudos, avaliações e diagnósticos em meio ambiente e geoprocessamento, no âmbito da universidade, com a realização de pesquisas e publicação de trabalhos científicos, bem como a execução de projetos de interesse comum das duas instituições.

A solenidade contou com a participação do coordenador da pesquisa, Manuel Eduardo Ferreira, do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig); do professor Romualdo Pessoa Campos Filho, do Instituto de Estudos Socioambientais; do coordenador de Apoio Técnico Pericial, Rogério César Silva, e o chefe da Unidade Técnico-Pericial Ambiental, Sérgio Soares da Silva, ambos órgãos do MP-GO, além de pesquisadores e alunos da UFG e do representante da empresa em geotecnologia Santiago & Cintra. Considerado pelos pesquisadores como um dos principais equipamentos do convênio, o modelo foi adquirido com recursos advindos de termo de ajustamento de conduta firmado pela 2ª Promotoria de Justiça de Senador Canedo na área ambiental.

O drone
O veículo aéreo não tripulado (Vant), modelo eBee Plus RTK, conforme explicou o distribuidor, foi entregue com partes sobressalentes e também kits de proteção para garantir o maior tempo possível de uso. Ele conta ainda com três sensores – o NIR, o RGB e o Sequoia –, o que garante a precisão em trabalhos realizados em áreas de mineração, agricultura e urbanismo. O primeiro deles consiste em uma faixa do infravermelho próximo, também conhecida como NIR, sigla do termo em inglês (Near Infrared), é aplicada ao sensoriamento remoto no monitoramento agrícola e ambiental. Esse sensor é capaz de detectar eventuais estresses hídricos e até deficiências nutricionais das plantas.

Já o RGB, que é a sigla do sistema de cores aditivas formado pelas iniciais das cores em inglês red, green e blue, por meio do Sensor Optimizado para Aplicação de Drones (Soda), permite a realização de aerofotos com métricas precisas da paisagem e medições de áreas físicas em alta resolução espacial.

Por fim, o Vant conta com o sensor Sequoia, uma câmera multiespectoral, com quatro bandas independentes, capaz de gerar índices de vegetação, de umidade e de solo e demais parâmetros caracterizadores de áreas conservadas ou antropizadas.

UFG
Conforme esclareceu o professor Manuel Eduardo, as pesquisas promovidas por mestrandos ou doutorandos, inclusive algumas em andamento, como o acompanhamento da restauração florestal, da integridade da cobertura vegetal e relacionadas a erosões, serão diretamente beneficiadas com a nova tecnologia, assim como outras relacionadas à produtividade agrícola e a presença de doenças que afetam o cultivo no Estado.

O pesquisador acrescenta ainda que estarão envolvidos diretamente docentes e estudantes dos cursos de geografia, ciências ambientais, de pós-graduação em geografia, e, indiretamente, toda uma rede de colaboração, o que inclui as áreas de agronomia, ecologia, biologia, engenharia ambiental e sanitária, ciências ambientais e engenharia florestal da UFG.

“Mas o trabalho vai ainda mais além, uma vez que contamos com parcerias importantes como as firmadas com a UEG, Emater, Embrapa, ICMBio, Ipam, ONGs, entre outros, e agora vem a responsabilidade, vem o trabalho”, reforçou Manuel Eduardo, ao receber o Vant.

MP-GO
Em relação ao MP-GO, Rogério César, da Catep, destaca a importância da parceria, principalmente quanto à produção de trabalhos científicos e documentos acadêmicos, que servirão de referencial bibliográfico às perícias realizadas pelo corpo técnico da instituição. Ele pontua ainda que o MP-GO terá à sua disposição 16 horas voo por mês do Vant para atendimento de suas próprias demandas. Neste sentido, como adianta Sérgio Soares, a ideia é usar esse tempo em trabalhos estratégicos,de precisão e de abrangência macro. O primeiro deles, inclusive, terá como meta detectar as condições das áreas de preservação permanente da bacia do Córrego Sozinha, manancial de abastecimento do município de Senador Canedo. (Cristiani Honório - Fotos: João Sérgio / Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)