Mas essa não é a única luta da população homossexual. Afinal, ela é grande vítima da violência no Brasil. Segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), 343 homossexuais foram assassinados no país em 2016, o que resulta em um assassinato a cada 25 horas. Conforme o relatório da pesquisa, nunca antes havia sido registrado tantos casos de homicídio. Esse número transforma o Brasil no campeão mundial de crimes contra os LGBTI.
Ainda de acordo com a mesma pesquisa, apenas 17% dos criminosos foram identificados e menos de 10% foram processados e punidos. Na metade dos casos, os crimes são cometidos por pessoas próximas, como familiares, amigos ou pessoas que mantinham algum tipo de relação com as vítimas.
A população LGBTI não possui uma lei especifica que proteja e criminalize a homofobia. Militantes de movimentos já apresentaram propostas de legislação, mas todas foram arquivadas no Senado. No dia 10 de maio, em Goiânia, a câmera dos deputados aprovou a criação do conselho dos direitos LGBT com 12 votos favoráveis. Vinculado à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas, o conselho terá o objetivo de acompanhar e fiscalizar políticas públicas relativas aos direitos da comunidade LGBT.
Apoio ao movimento
No Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia vários movimentos acontecem no Brasil. Em Goiânia, a Faculdade de Direito da UFG promove o debate “A Realidade LGBTI que o Direito se nega a ver”. O evento acontece no dia 17 (quarta-feira), no Salão Nobre da Faculdade de Direito da UFG, na Praça Universitária, às 19h.
Realidade das políticas públicas LGBT, saúde mental das pessoas trans e violência em instituições são alguns dos temas abordados nos debates liderados por profissionais da área.
Serviço:
A Realidade LGBTI que o Direito se nega a ver
Local: Salão Nobre da Faculdade de Direito da UFG
Data: 17 de maio (quarta-feira)
Horário: 19h
Valor: gratuito