Estudo aponta que 85% dos mananciais para abastecimento público em Goiás possuem qualidade ruim

Data da notícia: 27 de maio de 2017

Veículo/Fonte: O Popular

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Estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG) aponta que 85% dos mananciais utilizados para o abastecimento público são classificados como ruins ou péssimas em relação à qualidade ambiental. O trabalho analisou dados de 126 bacias hidrográficas e foi divulgado nesta quinta-feira (27).

Os piores resultados são para aquelas localizadas no centro goiano e na Região Metropolitana de Goiânia. Qualidade da água, perda do solo, baixa vegetação nativa e ocupação urbana são os principais fatores que influenciaram os resultados.

Com relação à perda de solo, as conclusões quase foram favoráveis à população. O grupo de pesquisadores do programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais da UFG identificou que a maioria das bacias de captação apresentou fraca e moderada susceptibilidade erosiva, o que está relacionado com o relevo de baixa declividade em todo o Estado.

Os mananciais mais bem conservados foram encontrados na região Noroeste, devido à alta porcentagem de vegetação nativa da região. No entanto, o grupo também identificou outras bacias que apresentaram susceptibilidade erosiva muito alta e severa.

“Como grande parte dos mananciais estudados foi enquadrado na condição de péssimo, ao analisarmos a qualidade da água, fica evidente a degradação das bacias devido ao processo de ocupação dessas áreas e da ausência de planejamento”, destacou o orientador da pesquisa, professor Klebber Formiga. Segundo o docente, os resultados obtidos reforçam a necessidade urgente de políticas de planejamento para as bacias hidrográficas de mananciais de modo a evitar que a ocupação humana desenfreada cause maiores prejuízos ao meio ambiente em Goiás.

Pesquisa

A professora Karla Alcione Cruvinel explica que conduziu o estudo com base em dados de qualidade da água fornecidos pela Saneago. Em seguida, foram utilizados indicadores socioeconômicos e ambientais com o objetivo de estruturar um índice capaz de estimar o grau de qualidade ambiental das bacias hidrográficas. O índice foi construído com base em dados como a perda de solo, porcentagem de vegetação nativa, índice de qualidade da água e desenvolvimento dos municípios. “A metodologia estudada se mostrou eficiente e pode, a partir de agora, ser utilizada como instrumento de planejamento ambiental dessas áreas”, explicou a pesquisadora.

Fonte: Ascom UFG