Pesquisa: como está o consumo do arroz com feijão hoje?
Data: 21 de junho de 2017
Fonte/Veículo: Food News
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Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Goiás e a Embrapa evidenciou que o arroz com feijão continuam firmes na alimentação.
A pesquisa realizada em Goiânia nesta fase constatou que o consumo de arroz com feijão continua marcante nos hábitos alimentares.
Só não é maior, devido a parte da população estar substituindo refeições por lanches e em refeições fora de casa, quando, segundo os entrevistados, come-se o arroz e o feijão em menor quantidade.
Cerca de 15% dos entrevistados trocam a refeição jantar por lanche ao menos uma vez por semana; e 10% das refeições no mês são feitas fora do lar. Para saber o que as pessoas consomem nessa situação, será necessário fazer nova pesquisa.
Nesse aspecto, clique aqui para acessar artigo que mostra a tendência de resgate da alimentação caseira entre os brasileiros!
Os dados apontam que o arroz com feijão continua tendo importância no padrão de alimentação do goianiense.
Os dados levantados não permitiram calcular o consumo per capita mensal, foi possível estimar o consumo per capita por refeição feita em casa.
Para se ter um referencial, considerou que o brasileiro, em média, consome 40 kg de arroz polido e 16 kg de feijão por ano.
Dividindo esses valores por número potencial de refeições num ano, considerando 2 refeições por dia, encontra-se o consumo de 60 gramas de arroz e 22 gramas de feijão por refeição.
A pesquisa em Goiás encontrou consumo, nessa mesma situação, de 70 gramas de arroz e 26 de feijão. Portanto, maior do que a média nacional.
“Essas mudanças de comportamento para maior adesão ao lanche e aumento das refeições feitas fora de casa levaram os consumidores a pensar que reduziram mais do que efetivamente ocorreu o consumo do arroz e feijão, uma vez que o arroz e o feijão estão associados a um prato essencialmente servido em casa e para a família”, disse Carlos Magri Ferreira, analista da Embrapa.
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Aproximadamente 90% do arroz adquirido pelo goianiense é o arroz branco polido e 96% compra o feijão o carioca.
Complementarmente, mais de 70% dos entrevistados, independentemente da renda, avaliam que a marca e o preço são fatores decisivos na hora da compra; e que 64,3% concordam em pagar mais caro por arroz e feijão produzidos em sistema orgânico, pois os consideram mais saudáveis.
A busca por alimentos mais saudáveis na dieta está presente entre os brasileiros (clique aqui) e inclusive este hábito está mais presente entre os consumidores mais velhos e experientes, como acontece nos Estados Unidos (clique aqui).
A fim de ampliar o conhecimento sobre as características de consumo do cereal e da leguminosa no país, a equipe que trabalhou na pesquisa elaborou propostas para fazer o mesmo levantamento no Maranhão, Tocantins, Pernambuco, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O objetivo é compor um panorama de como o brasileiro vê o arroz com feijão dentro da perspectiva abrangente de progressiva mudança de crescimento e envelhecimento da população, redução do número de filhos por família, participação das mulheres no mercado de trabalho, maior acesso à informação, dentre outros.
Adaptado de Rodrigo Peixoto, Embrapa Arroz e Feijão