UFG promove caminhada reflexiva no Setor Campinas
Este é o sétimo ano do projeto de extensão Deriva do Bem, que investiga as relações entre a arquitetura de Goiânia e seus habitantes
Caminhar quase sem rumo, sem pressa, de forma atenta, buscando outros olhares para o cotidiano: essa é a proposta do Deriva do Bem, projeto de extensão da Universidade Federal de Goiás (UFG). A iniciativa, que já está em seu sétimo ano, realizará mais um encontro neste fim de semana, dessa vez, tendo como espaço de reflexão o Setor Campinas. Além da caminhada pelas ruas do bairro, programada para às 9 horas do sábado (27/5), o evento também promoverá uma roda de conversa que ocorrerá um dia antes, na sexta-feira (26/5), às 20 horas, no auditório da Vila Cultural Cora Coralina .
Para falar sobre o bairro mais antigo de Goiânia, o professor da Faculdade de Artes Visuais (FAV) da UFG, Pedro Dultra Britto, os arquitetos e urbanistas, Jhersyka Cardoso e Rodolpho Furtado, e a comerciante e moradora do Setor Campinas, Rose Mary de Camargos Lourenço, são presenças confirmadas no debate de sexta-feira.
Já a caminhada terá como ponto de partida a Praça da Matriz de Campinas. Para participar, interessados devem contribuir com dois litros de leite longa vida, que serão destinados a instituições de caridade da capital. Além disso, é bem-vinda a disposição para andar e contemplar o espaço urbano. Mais informações podem ser obtidas no site: www.derivadobem.com.br
Campinas
A história do bairro protagonista da atividade começou 90 anos antes do nascimento de Goiânia, época que era conhecido como Campininha das Flores, um lugarejo pouco habitado no interior de Goiás. “O Setor Campinas foi escolhido por ser um bairro muito importante para a construção identitária de Goiânia. É um lugar que gera identificações. Muitas pessoas que vivem nos arredores se apresentam como sendo ‘de Campinas’. Além disso, esses arquitetos têm trabalhos muito interessantes sobre a área”, comentou o professor Bráulio Vinícius Ferreira, diretor da FAV e idealizador do Deriva do Bem.
Projeto
O projeto nasceu em 2008 como uma disciplina optativa da Universidade Estadual de Goiás (UEG), mas só ganhou as ruas no ano seguinte, quando o professor Bráulio Vinícius Ferreira reuniu amigos e alunos para andar e fotografar o Centro de Goiânia. Desde então, todos os anos, o projeto leva pessoas para praticar o exercício de observar o local onde moram. “Nosso objetivo é encontrar pessoas para pensar e conversar sobre a cidade e, assim, reconhecer a própria cidade”, afirmou o professor.
Source: Ascom UFG