Cia Nu Escuro lança primeira edição da revista da Expedições Cênicas

Data: 18/04/2015

Fonte: A Redação

Link da matéria: http://aredacao.com.br/cultura/56782/cia-nu-escuro-lanca-primeira-edicao-da-revista-expedicoes-cenicas

 

Projeto foi elogiado por nomes do teatro

Cia Nu Escuro lança primeira edição da revista Expedições Cênicas

(Foto: divulgação)

 

A Redação

 

Goiânia - Foi com a presença de amigos, familiares e importantes nomes do teatro em Goiás que a Cia Nu Escuro lançou a primeira edição da revista Experiências Cênicas na noite da última sexta-feira (17/4). Durante um coquetel na Oficina Cultural Gepetto, o grupo apresentou a publicação e exibiu um vídeo mostrando todas as atividades da Nu Escuro no último ano.

 

A revista é parte importante do projeto Iconógrafo, patrocinado pela Petrobras e que engloba ainda a circulação e montagem de espetáculos, seminários, oficinas e a manutenção da sede do grupo. “A Expedições Cênicas representa um novo fôlego. É um produto para que os outros Estados conheçam o que é feito aqui e para que os próprios goianos também tenham esse registro impresso em mãos”, afirma Hélio Fróes, um dos integrantes da Nu Escuro.

 

Para ele, os grupos de teatro têm investido cada vez mais na memória, algo essencial para a construção e para o ensino das Artes Cênicas. O local escolhido para o lançamento não poderia ser outro. Além de abrigar a sede da companhia de teatro, a Oficina Cultural Gepetto se confunde com a história do teatro no Estado.

 

Marcos Lotufo, integrante da Gepetto, é o responsável pelo projeto gráfico da revista e grande amigo do grupo. “A Nu Escuro participa desde a primeira edição da Galhofada, festival que realizamos todos juntos há 11 anos. A proposta da Gepetto é exatamente de incentivar todo esse processo de formação”.

 

O lançamento foi elogiado também por outros nomes importantes do teatro goiano. “A revista está fantástica. Rica. E tem a cara da Nu Escuro, uma linguagem toda própria”, afirma Nilton Rodrigues, ator, diretor e um dos primeiros professores do curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (UFG).

 

“Esse tipo de produção cria condições para registrarmos a História. Na universidade os professores têm essa dificuldade, porque temos poucos e ruins registros de 30, 40 anos atrás”. Já o premiado ator e bailarino Duda Paiva ressaltou que a Nu Escuro é pioneira na visão coletiva sobre teatro.

 

Morando há 20 anos na Holanda, Duda sente que essa abordagem, retratada na revista, tem impactado na qualidade tanto das apresentações realizadas em Goiás e no Brasil, quanto na própria percepção do público. “Vejo que agora nós podemos dialogar com esse público mais aberto. Antes, tudo era um tabu, as pessoas reagiam mal ao que era apresentado no palco. Hoje nós podemos dialogar sobre teatro.”

 

A noite de lançamento contou ainda com um momento de homenagem e aplausos ao diretor Reginaldo Saddi, que faleceu em 2014, e está na capa dessa primeira edição da revista. O texto que Saddi escreveu para a publicação foi seu último registro antes do falecimento.  “Reginaldo marcou a história da Nu Escuro e essa é apenas uma singela e muito merecida homenagem que fazemos a ele”, finaliza Fróes.