Participantes pedem política agrícola

Data: 13 de maio de 2015

Fonte/Veículo: Diário da Manhã

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Foto:Reprodução

 

Com reivindicações de adoção de política agrícola para a agricultura familiar, a Agro Centro-Oeste Familiar foi aberta, ontem, no Centro de Culturas e Eventos Professor Ricardo Bufáiçal, no Campus Samambaia da UFG. A feira estará aberta ao público até sábado. Neste período, os consumidores poderão fazer compras a preços módicos nos estandes.

É ofertada uma gama imensa de produtos da agricultura familiar, entre os quais artesanatos, doces, queijos, mel, quitandas, roupas, tapeçarias, frutas nativas do Cerrado, biscoitos, pães caseiros, entre outros. No primeiro dia, antes de instalação da feira, houve quem vendesse 70% dos produtos ofertados.

O coordenador da Agro Centro-Oeste, Gabriel Medina, abriu a feira. Anunciou a participação de 38 expositores de Goiás, além de caravanas dos estados do Tocantins, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e de Sergipe. Segundo ele, novas delegações chegarão ainda hoje a Goiânia. A mostra conta com 23 parceiros, além da Universidade Federal de Goiás.

Política agrícola

Se a agricultura de escala reclama da necessidade de uma política agrícola, a agricultura familiar formula o mesmo apelo. Maria Pereira dos Santos, ligada ao cooperativismo, reconheceu que os desafios do segmento são grandes. A sua consideração chega à implantação de uma política na agricultura familiar, que se planeje a longo prazo, observou.

Pelo Movimento do Sem-Terra (MST), Valdivino Almeida elogiou a terceira edição da Agro Centro-Oeste. E observou que “a agricultura familiar consegue produzir alimentos saudáveis, sem o uso de agrotóxicos”. Teceu críticas ao modelo de agronegócio praticado no Brasil, que em Goiás mostra a sua força, conforme reconheceu.

Agronegócio

Antônio Pereira Chaves, da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar, também fez críticas ao agronegócio e à reforma agrária, que, segundo disse, “não sai do lugar”. Alcir dos Santos, da Fetaeg, cobrou a atenção governamental para o setor, observando que os “salários dos trabalhadores rurais serão afetados pela terceirização”, a cumprir proposta em andamento no Congresso Nacional.

Santos ao cobrar “melhor assistência técnica aos assentados”, defendeu que o governo do Estado “precisa valorizar o trabalho da Emater”. Wanderson Portugal, diretor técnico do Sebrae, falou dos esforços da instituição em conceder apoio ao pequeno produtor na área de gestão e também na área dos recursos humanos e financeiros.

Emater

O presidente da Emater, Pedro Arraes, reconheceu as dificuldades financeiras do momento. Mas, assegurou que passada esta fase a tendência é da retomada da ampliação da assistência técnica e de buscar sempre novos caminhos que atendam melhor aos produtores, sobretudo os pequenos.