Visão de mundo

Data: 05/03/2016

Veículo: O Popular

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Nonatto Coelho, Diomar Lustosa, Alberto Tolentino e Lee James abrem a temporada 2016 de exposições da Galeria Antônio Sibasolly, em Anápolis

 

Anfíbios, marca registrada de Nonatto Coelho compõem obra

 

Obras dos artistas plásticos Nonatto Coelho, Diomar Lustosa, Alberto Tolentino e Lee James abrem a temporada 2016 de exposições com a mostra coletiva Arte Goyazes Brasil hoje, às 18 horas, nas salas principais da Galeria Antônio Sibasolly, em Anápolis. A curadoria é do diretor do espaço e professor Paulo Henrique Silva. Os trabalhos ficam em cartaz até 1º de abril, com entrada franca. O projeto foi contemplado com a Lei de Incentivo à Cultura (Lei Goyazes).

Ao todo foram selecionadas 28 obras inéditas, todas na técnica pintura (óleo sobre tela e acrílica), da produção mais recente de cada artista no período de 2011 a 2015. As telas refletem pesquisas pictóricas e poéticas que narram suas relações com o mundo, já que todos os participantes da mostra moraram fora de Goiás por longo períodos. “Isso trouxe um olhar quase que estrangeiro para suas criações em terras goianas”, conta o curador Paulo Henrique.

As obras de Diomar Lustosa têm como foco o seu olhar frente às turbulências e os conflitos atuais da sociedade. O artista traz para o primeiro plano da tela personagens do cotidiano em cenas de forte cunho social e político, ao contrário de fases anteriores, em que seus traços permeavam variações técnicas. O pintor é tocantinense de Paraíso do Tocantins e vive e trabalha há décadas em Goiânia. Ele já participou de inúmeras coletivas no Brasil e na Europa.

Nonatto Coelho é um especialista em retratos e formas anfíbias e trabalha com a dualidade homem/animal. As dezenas de sapos, marca registrada das suas obras, estão espalhadas em quase todas suas produções. Natural de Montalvânia (MG), o artista começou a se projetar no circuito da arte contemporânea, no início dos anos 1980, com a participação no 5º Salão Nacional de Artes Plásticas do Rio de Janeiro (RJ). Ele também é um dos fundadores do grupo de grafiteiros Pincel Atômico, nome dado devido ao acidente radiológico do césio 137.

Já o goiano Alberto Tolentino explora formas, imagens oníricas e por vezes sensuais, porém, abordando uma narrativa antropomórfica e degenerativa da humanidade. O artista expõe de forma inquietante e perturbadora um questionamento a respeito dos caminhos da sociedade. Ele nasceu em Goiânia e iniciou sua carreira em 1983, quando foi aprovado em concurso de novos talentos na Casa Grande Galeria de Arte. Ele se formou no curso de Artes Visuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e durante dois anos morou em Roterdã, Holanda.

Nas telas de Lee James, o mundo belo e organizado, fundado em valores como a igualdade, a liberdade e a fraternidade, se esfacela, dando lugar a uma impiedosa crítica às transformações sociais, ao descaso com o meio ambiente e ao domínio tecnológico que leva ao isolamento e à alienação. Ele nasceu em Goiânia e pinta profissionalmente desde os 10 anos e já deu aulas no Basileu França. James também é médico e mora em Foz do Iguaçu, Paraná.

Não Informado

Obra de Diomar Lustosa que integra a mostra na Galeria Antônio Sibasolly, em Anápolis