Profissionais debatem implantação do curso de Zootecnia na Escola de Veterinária da UFG

Profissionais debatem implantação do curso de Zootecnia na Escola de Veterinária da UFG

 

Mônica Carneiro

 

            A Faculdade de Veterinária da UFG promoveu, entre os dias 05 e 06 de junho, um Workshop para discutir a criação do curso de Zootecnia na EV (Escola de Veterinária), a partir do ano que vem. Os participantes discutiram os fundamentos teóricos e práticos da profissão de zootecnista, o ensino, a formação profissional e o mercado de trabalho na área, além do projeto pedagógico do curso que será implantado.

            O novo curso faz parte da proposta de reestruturação e expansão da UFG apresentada pelo Consuni (Conselho Universitário) para o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, concluída após amplo processo de discussão na comunidade universitária. A proposta prevê a ampliação de vagas em cursos de graduação já existentes, a abertura de novas turmas e a criação de novos cursos, muitos deles nos turnos vespertino e noturno. Além disso, está em processo de elaboração pela Câmara de Pesquisa e Pós-Graduação um plano de expansão dos cursos de mestrado e doutorado para os próximos anos.

            O evento, que durou todo o dia, foi realizado na sala de defesas de pós-graduação da Faculdade de Veterinária. Dentre os palestrantes convidados para discutir o projeto pedagógico e os fundamentos da profissão estavam o professor Severino Benone (UFPE), professor Antônio Ferriani Branco (UEM), professor Ronaldo Zica ((Integral Nutrição Animal), Dr. Ézio Mota (MAPA), Dr. Maríuzan Carrijo de Sousa (Agroquima) e Dr. Aroldo Silva Amorim Filho (Asa Alimentos).

            Dentre os temas abordados, obteve destaque a preocupação com a especificidade da área de atuação do profissional em zootecnia, bem como sua valorização no mercado atual. Foi consenso que, apesar de grande o leque de opções dentro do mercado de trabalho da profissão, até a década de 80 o zootecnista atuava basicamente em instituições de pesquisa e ensino superior, situação que começou a mudar na década de 90, com o reconhecimento do profissional como peça chave na qualificação e intensificação da produção animal.

            O zootecnista João Teodoro Pádua, professor da Escola de Veterinária da UFG afirmou que, felizmente, hoje os segmentos de atuação do Médico Veterinário, Zootecnista e Engenheiro Agrônomo já estão mais definidos, mas que ainda é preciso reforçar uma mudança cultural juntamente aos produtores rurais, a fim de que contratem técnicos da área para atuar em suas propriedades, o que não é muito freqüente.

            Dentre as principais áreas de atuação do zootecnista estão a alimentação e a nutrição animal, o melhoramento genético dos rebanhos, a eficiência reprodutiva, a geração de fontes alternativas de alimentos (com a utilização de resíduos da agroindústria), o estudo da bioclimatologia, além da possibilidade de gerenciamento da propriedade de trabalho.

            Levando-se em consideração a tendência do mercado de intensificar a produção de alimentos e reduzir os custos de produção, além de priorizar a qualidade e o controle durante todo esse processo, a figura do Zootecnista ocupa lugar de destaque, disse o professor.

            Dessa forma, a grade do novo curso de Zootecnia da Escola de Veterinária, que já existe no Campus de Jataí desde 2006, deverá pautar-se no objetivo de formar profissionais com capacidade de planejar, gerar e assistir os diferentes sistemas de produção animal e estabelecimentos agroindustriais. O profissional também atenderá às demandas da sociedade quanto à excelência na qualidade e segurança dos produtos de origem animal. E deverá, ainda, coordenar e administrar programas de melhoramento genético de espécies animais de interesse econômico e de preservação, de forma a combinar eficiência produtiva, ética e equilíbrio ambiental.       

 

Fonte: Agência UFG de Notícias