UFG realiza encontro de mulheres criminalistas

Evento ocorre de 29 a 31 de março com o objetivo de lançar um olhar crítico e feminista sobre temas do Direito

A Universidade Federal de Goiás (UFG) promove nos dias 29, 30 e 31 de março o I Encontro das Criminalistas: do controle da violência à violência do controle. O evento,  realizado em parceria com a Escola Superior da Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil (ESA/OAB-GO), terá diversos debates realizados exclusivamente por palestrantes mulheres que atuam como pesquisadoras da área criminal. As atividades serão realizadas no Salão Nobre da Faculdade de Direito (FD) da UFG, localizado no Câmpus Colemar Natal e Silva, Setor Universitário.

De acordo com a coordenadora do encontro e professora da FD, Bartira Macedo de Miranda Santos, é preciso dar destaque à produção acadêmica das mulheres, que têm uma contribuição importante na área, mas nem sempre estão presente em espaços públicos. “A dogmática jurídico-penal ainda é dominada por doutrinadores homens e, não raro, a presença dessas palestrantes nos eventos é (numericamente) simbólica, quando não inexistente”, afirma.

O evento também faz uma homenagem à professora Vera Regina Pereira de Andrade, que ministrará a conferência de abertura e fará uma análise sobre os dez anos da Lei Maria da Penha. A docente é uma das mais destacadas criminólogas do Brasil, cuja produção intelectual é marco decisivo na história da ciência penal brasileira. “É em busca da brasilidade criminológica que se fazemos essa homenagem, por procurar pensar a nossa realidade a partir de nossas especificidades, num projeto de (re)construção transformadora do Direito Penal e Processual Penal”, explica Bartira Macedo.

Crítica

O I Encontro das Criminalistas tem como objetivo promover análises críticas sobre o Direito, especialmente Penal e Processual Penal, abordando o sistema de justiça criminal e segurança pública, o controle social, os direitos humanos e os estudos feministas. Nesse sentido, será dada ênfase à necessidade e às possibilidades de se promover uma mudança de paradigmas na área: de um modelo repressivo para um que contemple a segurança de direitos e cidadania para todos.

Fonte: Ascom UFG

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