Família quer justiça após 15 anos

Data: 25/03/2016

Veículo: O Popular

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Corpo de professor da UFG estava sem identificação desde 2001, até que uma denúncia fez a polícia americana reabrir caso em 2013. Suspeito foi preso

 

A família do professor de Geografia da Universidade Federal de Goiás (UFG), José Urias do Carmo Almeida, de 35 anos, espera que os culpados pela morte dele sejam punidos pela justiça dos Estados Unidos, onde o crime aconteceu em novembro de 2001. A história de sofrimento da família começou em 2001, quando eles perderam contato com o professor. Até 2013, os parentes não sabiam do paradeiro dele, até que uma policial da Interpol ligou para a irmã de José Urias, a professora de Letras e psicopedagoga da Vila São Cotolengo, em Trindade, Ana Maria do Carmo Almeida, de 44 anos, em 2013.

A policial queria saber se ela conhecia alguém nos Estados Unidos. “Foi quando contei do desaparecimento do meu irmão e soubemos que o corpo dele havia sido identificado 14 anos depois de ser encontrado carbonizado e ferido com uma facada no peito”.

John Doe

O corpo do professor foi identificado como John Doe (João Ninguém), até que a polícia estadunidense recebesse uma denúncia de quem havia cometido o crime e reaberto o caso, que estava arquivado no que nos Estados Unidos é classificado como Cold Case.

Com novas provas técnicas, o caso foi reaberto e o cunhado de José Urias indiciado pelo crime. Cristiano Tavares Laureano, de anos, foi preso em dezembro do ano passado, na casa dele em Roswel, no estado da Geórgia, em cumprimento a mandado de prisão.

Ana Maria contou que foi a cunhada dela, Elisângela Cotrin Laureano, irmã de Cristiano, que o denunciou para o atual marido. Coube a ele, denunciar o crime para a polícia local em 2013. Atualmente a mulher chama-se Ângela Mccord e é casada com um americano.

Disney

Em 2006 quando veio ao Brasil com o atual marido, Ângela visitou a família de José Urias em Trindade e contou para a mãe dele, dona Joaninha, de 85 anos, que o professor tinha fugido de casa com outra mulher e que teria sido visto em Orlando, na Disney.

“A notícia reacendeu as esperanças da minha família. Porque, sem notícias, acreditávamos que ele talvez tivesse sido confundido com um terrorista e preso ou morto em algum lugar dos Estados Unidos, já que ele desapareceu logo depois do ataque ao World Trade Center, em setembro de 2001”, contou Ana Maria.