Parabens, UFG!

Portal Planeta Universitário, 04 de dezembro de 2010

(texto reproduzido do Portal UFG)

Em 14 de dezembro de 1960, o presidente Juscelino Kubitschek sancionou a Lei n° 3.834-C, que criava a Universidade Federal de Goiás. Na ocasião, o feito foi motivo de festa para toda a população de Goiânia, que compareceu aos milhares à solenidade oficial realizada na Praça Cívica. O ato, simbólico, representou o resultado de anos de esforço pela aprovação de um dispositivo legal junto ao Congresso Nacional.

Desde 1950, estudantes de cursos já existentes em Goiás, como Engenharia e Direito, aspiravam a federalização, imaginando que a proposta traria mais incentivo à produção de conhecimento no estado. Um movimento, denominado Frente Universitária Pró-Ensino Federal, oficializado em 1959, envolveu também professores e passou a dividir com a sociedade goiana os anseios da futura instituição. O resultado imediato do dia 14 de dezembro de 1960 foi a federalização dos cursos de Medicina, Direito, Farmácia, Música e Engenharia.

De 1961 em diante, novas graduações, unidades e também novos desafios não pararam de surgir. Muitas foram as lutas travadas, dentro e fora da UFG, para que, em 2010, esses 50 anos pudessem ser comemorados. Da ditadura militar à Nova República, debates acalorados formaram a identidade múltipla e histórica desta universidade.

Aos poucos, a pesquisa e a extensão também passaram a fazer parte da realidade da UFG, que sempre nutriu o desejo de contribuir com o crescimento socioeconômico de Goiás. Nas décadas de 1970 e 1980, encampou os projetos de interiorização do Governo Federal, ampliando seus espaços no interior de Goiás e também na Região Nordeste do Brasil. Em 1987, com o acidente radiológico com o Césio-137, na capital goiana, preparou um grande grupo multidisciplinar para contribuir com os cuidados com a população. Em 2000, quando do aniversário de 40 anos da instituição, o professor Heitor Rosa, da Faculdade de Medicina, confirmou: “Esta é nossa fé nesta universidade: ela é e será o maior elemento de mudança em nossa região deste Brasil Central”.

O discurso de Heitor Rosa, publicado recentemente em livro (Coletânea Heitor Rosa. Goiânia: Edição do Autor, 2010), traz, quase como uma confidência, um sentimento comum e emblemático: “Como eu, centenas de colegas professores e funcionários começamos juntos com esta universidade; crescemos juntos, como uma família inseparável; entregamos à nossa Universidade nossa juventude e nosso ideal; misturamos ao reboco das paredes das nossas unidades nossos sonhos acadêmicos e naqueles alicerces enterramos nossas raízes”.

Nesses termos, há outra dimensão das marcas profundas deixadas em quem passou (e ainda passa) pela UFG: o desenvolvimento humano, das vidas que se cruzaram e dos esforços que se tornaram uma grande lição. Do alto de seus 50 anos, a UFG é algo mais do que um locus de trabalho: é uma comunidade.

Parabéns, UFG!

Ascom/UFG