Goiânia - AMMA alerta população sobre riscos de aves nas áreas de segurança aeroportuária

Treze pontos oferecem riscos para pousos e decolagens realizadas no aeroporto. População pode colaborar evitando jogar lixo em locais inapropriados

Existem em Goiânia 13 pontos localizados na Área de Segurança Aeroportuária (ASA) que possuem atrativos para aves como pombos e urubus trazendo riscos para pousos e decolagens realizadas no Aeroporto. Em 2007 foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre os representantes das áreas, Ministério Público e a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) para cumprimento de medidas propostas para reduzir a presença dos animais. A população também deve evitar alguns hábitos como jogar lixo em locais inapropriados para que as aves não sejam atraídas.

Conforme a gerente de Proteção e Manejo da Fauna Silvestre da Amma, Marize Gibrail, a resolução do Conama 04/95 prevê que áreas aeroportuárias num raio de 20 km operando com radar e 13 km sem operação de radar não podem ter atividades que atraiam aves e se acontecer devem se adequar e serem monitoradas. 

“Foi formada uma Comissão com representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema), Universidade Federal de Goiás (UFG), Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e da Amma que através do diagnóstico determinam medidas de manejo para reduzir o problema”, afirma.

No monitoramento realizado por técnicos da Amma foi observado que as áreas atrativas têm crescido na capital acompanhando o seu crescimento, podendo trazer riscos como uma colisão entre uma aeronave e uma ave ou bandos delas, como explica Marize. “As determinações devem ser seguidas durante todo o tempo, pois durante o monitoramento deparamos com áreas que estão descumprindo o que foi solicitado gerando riscos para a população”, informa.

A gerente acrescenta que toda a região norte de Goiânia inclusive a área da UFG, consiste num dos principais pontos de observação da gerência devido à proximidade com o aeroporto. “Esses locais são observados com frequência e neste mês foi observada na UFG uma grande movimentação de aves sobre uma cultura de sorgo, uma espécie de cultura parecida com a do milho, e estavam localizadas sobre o maquinário que fazia a colheita. Nas áreas atrativas são realizados diagnósticos e desenvolvidas medidas para prevenção como no caso da UFG, para que a quantidade de animais seja controlada ou deixem de existir no local”, pontua.

Esses animais são atraídos por lixos jogados em lugares impróprios, restos de animais, alguns telhados oferecem refúgio, manilhas expostas, lagos de tratamento sem manutenção, poluição de mananciais, dentre outros. “A população pode colaborar fazendo limpeza dos terrenos, descartes de resíduos corretamente e solicitar aos órgãos da prefeitura quando necessário o recolhimento de animais mortos (serviço disponível através do telefone 156 – atendimento ao cidadão) que são fonte de alimentos para algumas aves”, afirma a gerente.