Rap do criolo para ouvidos universitários

Rap do criolo para ouvidos universitários

Cantor já passou por nove estados brasileiros, já foi a Nova York, tudo em sete meses, e agora chega a Goiânia para show

 

Antes de ir a Londres, entre junho e julho, junto com Gilberto Gil, Luiz Melodia, Marcelo D2 e o jovem rapper Emicida, outro jovem artista da música negra brasileira vai dar um pulo em Goiânia para se apresentar aos estudantes da Universidade Federal de Goiás.
Seu show no Câmpus II, Samambai, será realizado no dia 27 de março, no Centro de Cultura e Eventos da UFG. O evento é fruto de uma parceria entre a universidade e o Sesc-Goiás, num projeto chamado Música no Câmpus.
A vinda do cantor a Goiânia é apenas mais uma mostra de sua incansável vontade de levar aos quatro cantos do mundo a sua voz. Apenas sete meses após o lançamento de Nó na orelha, o MC, cantor e compositor Criolo já apresentou o repertório de seu álbum em cerca de 55 shows, em mais de nove estados brasileiros e em Nova York, nos Estados Unidos.
A apresentação, vencedora do Prêmio Bravo! de melhor show de 2011, tem direção musical de Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral, também produtores do disco. No palco, Criolo se apresenta acompanhado de sua banda, que conta com os produtores Daniel Ganjaman (teclados) e Marcelo Cabral (baixo elétrico e acústico) e Guilherme Held (guitarra), Maurício Alves (percussão), Thiago França (sax tenor e flauta), Hugo Hori (sax barítono), Gustavo Souza (trompete), DJ Dan Dan (voz) e Curumim (bateria).
Autor de um dos álbuns mais comentados do ano, Criolo angariou uma série de prêmios em 2011. Além de vencer a 7ª edição do Prêmio Bravo! Bradesco Prime de Cultura na categoria Melhor Show do ano, foi o grande vencedor do VMB 2011, que concedeu ao compositor os prêmios de Artista Revelação, Melhor Música pela canção “Não Existe Amor em SP” e Disco do Ano.
Criolo também foi premiado na categoria Revelação pelo júri da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Venceu o Prêmio Faz a Diferença na categoria Música, na qual concorreu com Roberto Medina e Chico Buarque. O disco “Nó na Orelha” foi considerado o melhor álbum do ano e “Não Existe Amor em SP”, a melhor música de 2011, em ranking publicado pela revista Rolling Stone brasileira.

Composições
O repertório do show traz canções como “Bogotá”, que celebra a influência da música africana com sax tenor de Thiago França; o clássico imediato “Não Existe Amor em SP”, que exibe poesia e interpretação que não deixam dúvidas a respeito da força da composição e da garganta de Criolo; “Freguês da Meia-Noite”, samba canção acirrado por arranjo de cordas certeiro e o hit dos shows, “Sucrilhos”, que resurge com novo arranjo para os já conhecidos versos “Pode colar mas sem arrastar. Se arrastar, favela vai cobrar.
Acostumado com Sucrilhos no prato, morango só é bom com a preta de lado”. A malemolência de “Subirudoistiozin”, o alto impacto de “Lion Man“ e a musculosa “Grajauex” completam a lista de raps que serão executados pelo MC nos palcos.
Totalmente autoral, Nó na Orelha foi lançado em maio de 2011 e traz dez faixas com produção de Daniel Ganjaman (ex-Planet Hemp e produtor de discos de nomes como Nação Zumbi e Sabotage ) e Marcelo Cabral. O álbum foi gravado e mixado em 2010 por Daniel Ganjaman e masterizado por Fernando Sanches no estúdio El Rocha (gravações adicionais estúdio Fine Tuning).

Sobre Criolo
Aos 36 anos, 24 deles dedicados ao rap, Kleber Gomes, o Criolo, lançou seu primeiro álbum de canções, “Nó na Orelha”, em maio de 2011, com apoio da Matilha Cultural. Criolo é multi-talentoso. Compositor de canções contundentes e letras bem construídas, destila versos habilidosos como MC, sem necessariamente utilizar-se de rimas para tal, e profere vocais que surpreendem pela beleza e versatilidade.
Paulistano nascido no bairro de Santo Amaro e criado no Grajaú, Kleber Gomes mune-se de agressividade, humor e delicadeza para criar seu aguardado “Nó na Orelha”. Com igual domínio compõe e entoa genêros diversos comosamba, afrobeat, bolero, reggae, rap e romântico. Criador da Rinha dos MCs, uma das festas mais autênticas do hip hop dedicada às batalhas de improvisação, Criolo não deixa de representar sua raíz musical em “Nó na Orelha”.
O MC escreveu seu primeiro rap aos 11 anos e sua primeira canção aos 25. “Ainda há Tempo”, seu primeiro registro em estúdio, em 2006, trazia apenas uma canção, ''Aprendiz''. Mesmo sem lançamento oficial, a tiragem de mil unidades esgotou em poucos dias. Apreciador de sambas e fados e compositor compulsivo, Criolo aguardava a oportunidade de apresentar suas canções em um disco produzido de modo diferente do consagrado pelos talentosos beat-makers de seu universo.

Serviço

* O quê: Projeto Música no Câmpus – CRIOLO e banda
* Onde: Centro de Cultura e Eventos da UFG
* Quando: 27 de março, ás 20 horas
* Quanto: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
* Quem paga meia: Estudantes, Professores e Técnicos Administrativos da UFG, Comerciários e dependentes do SESC, Micro-empresários e agentes do SEBRAE; Professores da Rede Pública de Ensino.