Mistura popular

Sob a regência do maestro Cláudio Antunes, a Orquestra de Sopros e Percussão do Cerrado recebe convidados no Teatro Sesi

O vigor da tuba, do sax, da trompa, do trompete e da flauta associado a sonoridades de piano e contrabaixo marcam o concerto da Orquestra de Sopros e Percussão do Cerrado – Ciranda da Arte, hoje, no Teatro Sesi, às 20 horas. Os convidados especiais são o maestro, compositor e arranjador carioca Gilson Peranzzetta, o pianista Diones Correntino e o trompetista Tonico Cardoso, professores da UFG, e o baixista Bororó, músico local.

O programa, que mescla ritmos de frevo e serenatas a batidas típicas da música nordestina, conta com composições de nomes como James Barnes, Ted Huggens, James Cournow, Robert W. Smith e do Maestro Duda. Um dos nomes de destaque da noite é Gilson Peranzzetta, pianista carioca que retorna a Goiânia pela segunda vez este ano. A Orquestra vai apresentar o repertório do seu primeiro DVD, que terá lançamento oficial em março, no Teatro Sesi, e também peças brasileiras e de músicos do exterior.

Em entrevista ao POPULAR, o carioca Gilson Peranzzetta falou do prazer em tocar pela primeira vez com a Orquestra de Sopros e Percussão do Cerrado. “Em junho realizei um recital solo e adorei o convite para me apresentar agora com este grupo que, diferentemente de outros no Brasil, que tocam pelo cachê, encaram com seriedade e paixão pela música tanto ensaios como apresentações e outros trabalhos”, avalia. Ele disse que vai tocar uma peça sua, o baião Paisagem Brasileira, penúltima performance no concerto, com duração prevista de 1h20.

Recém-chegado de Amsterdã, onde tocou com a Metropole Orchestra, Gilson Peranzzetta diz ainda que outro momento alto da apresentação fica por conta dos solos de amigos como o contrabaixista Bororó, com quem costuma tocar no Rio de Janeiro, e do pianista Diones Correntino. “O concerto é alto-astral do começo ao fim”, descreve. O pianista comenta que cada vez mais as pessoas têm conferido concertos que mesclam diferentes sonoridades. “Não existe mais esse negócio de apresentação de música clássica ou popular. Mozart quando fazia seus minuetos era para o povo dançar. A verdade é que existe diferença apenas entre música boa e ruim. Acho que a música boa precisou ser clássica antes para depois se tornar popular”, diz Peranzzetta.

ORQUESTRA

Cláudio Antunes, regente da Orquestra de Sopros e Percussão do Cerrado – Ciranda da Arte, conta que o grupo de sopro surgiu em 2008 e reúne músicos do Grupo de Estudo e Pesquisa em Banda do Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte da Secretaria de Estado da Educação. “Nos últimos dois anos vieram os concertos maiores e, no início do ano, gravamos o nosso primeiro DVD, no Teatro Sesi. Este disco de estreia reuniu músicos convidados como Charles Schruter, principal trompetista aposentado da Orquestra Sinfônica de Boston, o pernambucano Nailson Simões e Marcelo Bam Bam, de São Paulo.

Programa

 

Alvamar Overture, James Barnes
Joca Ramiro, Diones Correntino (piano)
Interplay For Band,  Ted Huggens
Concertpiece, James Cournow
Tonico Cardoso (trompete solo)
Winds Of Poseidon, 
Robert W. Smith
Paisagem Brasileira, 
Gilson Peranzzetta (piano)
Música Para Metais nº 2, maestro Duda

 

Concerto: Orquestra de Sopros e Percussão do Cerrado– Ciranda da Arte e convidados

Data: Hoje, às 20 horas

Local: Teatro Sesi

Endereço: Av. João Leite, nº 1.013, Setor Santa Genoveva, fone:3269-0800 / Entrada Franca