Hora da alegria

Mesmo tendo perdido seus grandes bailes de carnaval em clubes, Goiânia oferece opções para quem não quer deixar a data passar em branco. Além de festas de blocos, há até festival de rock

Está certo que Goiânia não é exatamente sinônimo de animação quando se fala de carnaval. O que não significa que não existam opções para quem vai ficar na cidade e queira cair na folia. Neste feriadão, três diferentes eventos carnavalescos com blocos sairão pelas ruas, somando-se às iniciativas particulares.

Um deles é o Encontro de Blocos no DCE da UFG, hoje, a partir das 18 horas, capitaneado pelo Grupo Coró de Pau. Na segunda-feira, às 21 horas, o Bloco Flor do Cerrado se une à escola de samba Lua-Alá, na Estação Cultura (antiga estação ferroviária). Já na terça, o bloco Galo Goiano sai pelos arredores do Parque Vaca Brava, às 15 horas, arregimentando quem estiver a fim de participar da brincadeira. Para quem não quer perder o pique, durante o dia há matinês em clubes. Mas se o astral não estiver para samba ou marchinha, há ainda um festival para quem é do rock.

No Encontro de Blocos de hoje, aberto à comunidade, a concentração vai começar no DCE da UFG (Rua 226, Qd. 71, Lt. 50) já a partir das 14 horas. Segundo o percussionista Alemão, à frente do Grupo Coró de Pau, depois das 18 horas, os vários blocos reunidos saem pelas ruas do Setor Universitário, rumo à Praça Universitária.

Por volta das 21 horas, o pessoal do Coró de Pau vai puxar o caminho inverso e voltar para o DCE da UFG. Por lá novamente, a programação não tem hora para acabar e deve entrar pela madrugada. Entre as atividades previstas estão primeiro uma grande roda de samba que vai servir para aquecer os ânimos de quem tiver acabado de chegar. Depois haverá uma apresentação de sambas-enredos clássicos pela bateria do Coró de Pau, por cerca de duas horas, conforme prevê Alemão. Por fim, os foliões relembram antigas músicas e marchinhas de carnaval, que vão se misturar ao frevo que fará a animação do Galo Goiano na terça-feira. Será uma espécie de aquecimento.

SEM MARASMO

Cansados de ver o marasmo tomar conta de Goiânia no período, muitos foliões que não podem ou não querem deixar a cidade durante o período de festa se empenham para tomar iniciativas que aos poucos vão fazendo o cenário da cidade mudar. Algumas dessas iniciativas conseguiram apoio logístico da Prefeitura, na missão de não deixar o sambar morrer. É o caso do desfile de carnaval de segunda-feira, na Estação Cultura.

Diferente de anos anteriores, não haverá participações de escolas de samba, que amargam falta de recursos para produzir seus desfiles. A única que vai representar o segmento no carnaval deste ano será a escola de samba Lua-Alá, que puxa a festa no espaço histórico da capital localizado na Praça do Trabalhador, no Centro.

Cerca de 350 componentes vão cantar um enredo que lembra os 80 anos de Goiânia, a serem completados em outubro. Logo depois é a vez de o Bloco Flor do Cerrado fazer também o seu barulho. De acordo com o diretor da Lua-Alá, Delgado Filho, a Prefeitura se comprometeu a montar no local estrutura de arquibancadas e providenciar espaço para barracas de comes e bebes.

A derradeira festa chega na terça-feira, com o Bloco Galo Goiano. A ideia é dar espaço, pelo terceiro ano consecutivo, para o frevo pernambucano de um dos carnavais mais tradicionais e animados do Brasil. A expectativa, segundo os organizadores, é reunir mais de mil foliões a partir das 15 horas, em frente à galeria comercial localizada no encontro das Avenidas T-10 e T-3, no Parque Vaca Brava, Setor Bueno.

Entre as atrações da folia, estarão a Banda Municipal e também integrantes do Grupo Coró de Pau. Dois trios elétricos também animam a festa tocando frevos, puxados por um boneco de Olinda de três metros que homenageia o criador do bloco em Goiânia, Marco Antônio de Brito, que morreu há três meses.

 

Evento: Encontro de Blocos

Atração: Grupo Coró de Pau

Data: Hoje, a partir das 18 horas

Local: DCE da UFG (Rua 226, Qd. 71. Lt. 50, Setor Universitário)

Informações: 8523-5025

Entrada franca

Fonte: O Popular