Candidatos acham química difícil

UFG realizou primeiras provas da segunda etapa do vestibular. Português foi considerada mais fácil

A segunda etapa do vestibular 2013/2 da Universidade Federal de Goiás (UFG) começou ontem e registrou 14,5% de abstenção (232 faltosos) do total de 1.798 classificados, na primeira fase, para disputar 445 vagas distribuídas em 12 cursos. Na percepção dos estudantes ouvidos pelo POPULAR, a prova de química foi a mais difícil e a de português e literatura, mais fácil. Mas há quem pense absolutamente o contrário. Hoje será aplicada a outra parte do certame, incluindo a redação.

A movimentação entre os concorrentes era grande, no fim da tarde de ontem, no Câmpus Samambaia, um dos locais destinados à aplicação da prova. A estudante Daniela Acipreste Guimarães, de 16 anos, concorre a uma das vagas para o curso de Medicina e, após responder as questões, não escondia a ansiedade. É a primeira vez que ela presta vestibular na UFG. “Minha percepção foi de dificuldade”, disse ela, enquanto era observada por outros candidatos. “A prova de química orgânica foi a mais difícil e a de português, mais fácil”, emendou.

De olho em uma das vagas do curso de Sistemas de Informação, Ana Flávia Soares Carneiro, de 17, concordou com Daniela. “A parte de humanas estava fácil”, avaliou, para acrescentar: “Ainda não vi algumas matérias de química que foram cobradas na prova de vestibular e, por isso, achei mais complicado.”

Amiga de Ana Flávia, Lais Silva Quintão, de 16, quer cursar Direção de Arte e acredita que a prova, em geral, não foi fácil nem difícil. “Acho que a prova foi razoável”, pontuou ela, mas, em seguida, admitiu que teve dificuldade para resolver as questões de matemática. “A parte mais difícil que achei foi a de matemática e a mais fácil, literatura. Tenho muita dificuldade em matemática, só consegui resolver as questões bem mais fáceis, que dava para resolver com regra de três”, disse ela.

Quem também não escondeu a apreensão foi o estudante Marcelo John Cota de Araújo Filho, de 15. Ele tenta emplacar uma das vagas do curso de Engenharia da Computação e, conforme disse, a segunda fase “parece mais complexa.” “Achei a primeira etapa até boa, fácil. Já a segunda, vejo que é mais apertada. Tem de pensar mais para responder as questões, tanto de interpretação quanto de cálculo”, acentuou o adolescente. “Mas nada é impossível”, frisou ele, ressaltando todo o otimismo.

Quem está na disputa junto com Marcelo John é o estudante Vinícius Vilela Nunes, de 17. Ele usou as mesmas palavras do concorrente, desconhecido, para definir o primeiro dia de prova da segunda fase da UFG. “As questões são mais complexas”, resumiu, para concordar que, desta vez, química exigiu mais dos alunos. “Português foi mais tranquilo”, completou ele.

Vinícius estava com o irmão, Fellipe Vilela Nunes, de 19, e o amigo Rafael Vinícius Santana Martins, de 16. Os três comentavam a prova no pátio da universidade. Fellipe e Rafael querem estudar Agronomia, o segundo curso mais concorrido neste processo seletivo, com 18,91 candidatos por vaga. Está atrás de Engenharia Civil (38,02) e à frente de Ciências Contábeis (18,33).

Os amigos não escondiam a ansiedade, no fim da tarde de ontem, enquanto comentavam as questões. “Português e literatura não exigiu muito raciocínio. Era muita parte lógica. Se a pessoa soubesse interpretar corretamente, acertaria”, observou Fellipe.

Rafael, por sua vez, também acha que se saiu muito bem na parte de humanas. “A prova de português e de literatura estava bem fácil. Quem leu as obras, por exemplo, conseguiu acertar. Era muito óbvio”, contou.

Outra percepção

Diego Gama Nunes de Moraes, de 17, é outro concorrente a uma das vagas de Agronomia. Sua percepção sobre a prova foi contrária à da maioria dos demais estudantes. “A prova de química foi fácil; a de português foi difícil, enquanto a de literatura foi razoável”, afirmou ele.

Essa opinião foi reforçada pelo estudante Geovane Martins Ribeiro Mota, de 17, candidato ao curso de Engenharia Elétrica. De acordo com ele, as questões do certame foram “boas de resolver.” “A prova foi normal, dentro do esperado”, avaliou o adolescente, para continuar: “Química também foi dentro do esperado, as questões já eram previsíveis. A mais difícil foi de português, porque exigiu maior grau de interpretação e as perguntas estavam confusas. Não caiu muito gramática, foi mais interpretação de texto.”

Assim como ontem, os portões dos locais de provas serão abertos hoje às 12 horas e fechados às 13 horas, horário em que o exame terá início. O candidato deve portar documento de identidade (RG) e utilizar caneta esferográfica de tinta preta, em material transparente. Os vestibulandos serão novamente submetidos ao detector de metal. Não é permitido levar celulares, relógios e qualquer tipo de aparelho eletrônico para as salas de provas. Segundo a UFG, o resultado da segunda etapa será divulgado no dia 10 de julho.

Fonte: O Popular