Incentivo à criação

Coreógrafos renomados participam de projeto do Sesi e da UFG voltado a talentos locais

Um dos nomes de maior destaque da dança brasileira, o coreógrafo Sandro Borreli, de São Paulo, abre hoje, às 14 horas, no Teatro Sesi, o projeto Núcleo Coreógrafo Sesi/Dança UFG, residência em dança que vai contemplar 21 artistas criadores de Goiás com formação em coreografia de espetáculos de dança. Trata-se de uma iniciativa do Sesi, realizada em parceria com o curso de Dança da Universidade Federal de Goiás.

O Núcleo Coreográfico pretende ser um espaço para o processo criativo dos novos talentos da dança em Goiás. “Nossa intenção é provocar conflito no meio, estimular novas criações nas diferentes linguagens da dança e dar a oportunidade para os talentos da coreografia”, afirma o diretor do Teatro Sesi e criador do projeto, Nilton Antônio Faleiro (Teco).

O núcleo destina-se exclusivamente aos coreógrafos goianos. “Não queremos coreografias prontas e formatadas dentro do modelo que já existe. Queremos o novo, o inédito”, sublinha o diretor. Responsável pela coordenação do núcleo, o professor Alexandre Ferreira, da UFG, espera que os artistas aproveitem a oportunidade..

Nos oito meses de duração do projeto, os 21 bailarinos selecionados por uma banca formada por Teco, Rosa Coimbra, professora, coreógrafa e diretora artística de Brasília, e Alexandre Ferreira vão participar dos oito módulos de residência. As aulas serão ministradas pelos criadores Sandro Borelli (SP), Vanilton Lakka (MG), Andréa Bardawil Campos (RJ), Angela Nolf (SP), Morena Nascimento (RJ), Paulo Caldas (CE), Henrique Rodovalho (GO) e Bruno Beltrão (RJ).

Durante projeto, cada bailarino terá o acompanhamento de um provocador cênico ou tutor, todos de Goiânia. Cada módulo será desenvolvido em dois fins de semana de cada mês, em período integral.

Responsável pelo primeiro, Sandro Borelli é diretor da Cia. de Dança Borelli, que está atualmente em cartaz em São Paulo com o espetáculo Colônia Penal, baseado na obra de Kafka. Sandro também preside a Cooperativa Paulista de Dança. O segundo módulo de agosto será conduzido por Vanilton Lakka, coreógrafo, professor e pesquisador de dança de Uberlândia (MG).

Andréa Bardawil e Bruno Beltrão ficarão encarregados dos módulos de setembro. Coreógrafa e diretora da Cia. Arte Andanças desde 1991, Andréa é uma das fundadoras da ONG Alpendre – Casa de Arte, Pesquisa e Produção, coordenadora da Bienal Internacional de Dança do Ceará e conselheira/curadora do Festival de Dança de Joinville. Um dos fundadores do Grupo de Rua de Niterói, Bruno Beltrão investe na pesquisa das relações entre a dança de rua e a dança contemporânea.

As coreógrafas Ângela Nolf e Morena Nascimento conduzem os módulos de outubro. Formada pela Escola de Dança de São Paulo, Ângela é professora do Instituto de Artes da Unicamp. Ex-integrante da Tanztheater Wuppertal Pina Bausch (Alemanha), de 2007/2010, a paulista Morena Nascimento é bailarina e coreógrafa. Trabalhou com renomados profissionais da dança em vários países, entre eles o goiano Kleber Damaso.

Novembro será a vez dos módulos sob o comando dos coreógrafos Paulo Caldas e Henrique Rodovalho. Professor do curso de Dança da Universidade Federal do Ceará, Paulo Caldas é diretor e coreógrafo da Cia. de Dança Staccato. Diretor artístico e coreógrafo da Quasar Cia. de Dança, Henrique Rodovalho é o principal nome da dança em Goiás. Com a Quasar apresentou-se em 27 países.

Fonte: O Popular