Abstenção na segunda fase chega a 24%

10 de junho de 2014 (terça-feira)

Benedito Braga

 

O índice de abstenção do final da segunda etapa do vestibular da Universidade Federal de Goiás (UFG) foi de 24,1%. Significa que 535 faltaram ontem à prova do último vestibular da instituição. No domingo, primeiro dia da segunda etapa, houve 530 faltosos (24%). Candidatos ouvidos pelo POPULAR classificaram a prova de Física como a mais difícil.

 

Depois de sair da sala de prova, os candidatos Johnatta Varela Barbosa, de 16 anos, e Vinícius Augusto Ribeiro, de 16, folhearam o caderno de provas juntos. Eles cursam o ensino básico em escola privada. Johnata busca uma vaga no curso de Engenharia da Computação e Vinícius engrossa a concorrência do curso de Engenharia Civil.

 

Os dois candidatos acreditam que o fim do vestibular vai prejudicar os estudantes, já que consideram muito curto o prazo para realização da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), base para o ingresso no ensino superior pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). “O Enem não avalia conhecimento, mas a percepção do aluno sobre a prova”, disse Vinícius. “Vai ficar mais díficil para a gente entrar”, emendou Johnata.

 

O reitor da UFG, Orlando Afonso Valle do Amaral, discorda dos estudantes. “Os alunos de escolas privadas não têm motivo para temer porque não serão prejudicados”, ponderou ele, ressaltando que o Sisu é apenas uma forma de possibilitar uma competição mais equilibrada com alunos da rede pública, na corrida pelo ensino superior público, gratuito e de qualidade.

 

Caravana

 

O presidente do Centro de Seleção da UFG, Wagner Wilson Furtado, lembra que o ingresso por meio do Sisu vai livrar o estudante dos desgastes que tinha durante caravana que fazia para prestar vestibular em diferentes instituições do País. “Agora, o aluno precisa se concentrar em apenas uma prova, o Enem, sem se preocupar com as diferentes características dos processos seletivos”, disse ele.

 

De acordo com Furtado, o Sisu não vai provocar migração de estudantes pelo País e, por isso, ele acredita que a UFG não terá necessidade de ampliar muito a quantidade de vagas na casa do estudante, destinada a universitários de baixa renda. A movimentação de alunos, acredita o presidente do Centro de Seleção da UFG, poderá ocorrer entre candidatos de cidades mais próximas.

Fonte: O Popular

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