Linhas estilizadas

 

Data: 24 de agosto de 2014

Veículo: Diário da Manhã

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A artista plástica Dôia acredita que a visibilidade em relação ao mundo artístico ganha cada vez mais espaço

DIÁRIO DA MANHÃ

KATIÚSCIA PESSONI

 

Telas abstratas com toques de realismo se misturam nas pinturas da artista plástica Dôia. Natural de Tapaciguara-MG e radicada há 38 anos em Goiânia, ela se declara uma apaixonada pelas cores, pincéis e tudo que a arte proporciona ao mundo.

Com graduação em Artes Visuais e licenciatura em Desenho e Plástica pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Dôia possui um currículo vasto com acervos públicos e particulares, tanto no Brasil, quanto em outros países. “Minhas obras já receberam críticas de doutores e professores como, Oscar D’Ambrósio, Carlos Antônio do Vale, Ramon Pesquero, Emílio Vieira, Maria Guilhermina e Maria Aparecida Talloon”, conta a artista.

Dôia descreve que pelo fato do mercado em artes plásticas estar vivendo um período de efervescência, seja pelo deleite, status ou lucro, tem-se a impressão de que o segmento artístico é nada mais que um produto cambiável aos olhos do capitalista sedento por mais valia social. “Por ganhos cada vez maiores, com custos cada vez menores, essa é a realidade. Assim, para a sociedade pós-moderna, a arte vai muito além das suas propriedades estéticas, ganhando, um aparato de índices e de gráficos na esfera financeira”, explica.

Mas com esperança, na opinião dela, sempre tende a melhorar se o trabalho for de boa qualidade e procedência. “Há muitas leis de incentivo a cultura, o Estado abre espaço para isso. O mercado de artes hoje, cresce 20% ao ano no mundo todo.”

Trabalhos

“A princípio os traços deixados por mim, nas telas do ano 1977 a 1981 já confirmavam para o futuro promissor ao abstracionismo. Embora, ainda permaneça um pouco de realismo, através de leves linhas e formas nas minhas telas, mas segue um ritmo na busca do abstrato”, conta Dôia ao falar de seus trabalhos.

A artista revela que a visibilidade em relação as artes plásticas ganha cada vez mais espaço. “Vejam de perto essa arte expressa nas portas do comércio local na Avenida Goiás, projeto este lançado pela Secretária de Cultura do Estado chamado de Galeria Noturna. O projeto está espalhado por toda cidade, embora não contemplado por muitos por falta de tempo ou espaço. De maneira clara o público tem aumentado nas exposições realizadas em nossa cidade.”

Para ela o fator principal que a levou aos trabalhos com suas telas foi a vontade de se profissionalizar e realizar o sonho de ser pintora. Ao falar de suas obras, ela se diz uma pessoa de fases. “A técnica de aquarela foi por um tempo o meu trabalho favorito, desenvolvida por mim em vários temas como: cavalgadas, bailarinas e cachoeiras.”

Seus artistas favoritos são Juca de Lima e Mariza Pequero, entre outros. Dôia também descreve que entre suas cores mais marcantes, o azul se destaca. “Mas minhas telas possuem outros tons, que vão desde amarelo, verde e marrom, fazendo assim uma obra mais harmoniosa.”

Ela se diz uma apaixonada por seus trabalhos e que a paz que tem com suas telas é um sentimento de libertação. “Sou apaixonada por pintura de todos os tipos, tanto minhas como de outros artistas. Aprecio a natureza, o mundo com seu colorido e fico admirando por horas o meio em que vivo, sempre produzo algo que me faça feliz.”

Para o futuro, ela busca demonstrar suas telas em exposições nos museus e galerias de artes locais e de outros Estados. “Também busco espaços alternativos através das coletivas patrocinadas pela Associação de Artes Visuais (Agav). A internet é outro meio de divulgação que traz um público múltiplo, mas tem também a propaganda boca a boca.”

A artista conta que quer mostrar seu trabalho para o mundo e espalhar a arte por onde passar. “Quero deixar a vida com mais cor, meu objetivo é poder chegar onde os grandes pintores chegaram, alcançar grandes museus, galerias e leilões.”

Fonte: Diário da Manhã