Goiás tem duas universidades entre as cem melhores do País

09 de Setembro de 2014, Portal Rádio Rio Vermelho

Reitoria

Duas universidades goianas aparecem entre as cem melhores pontuadas no Ranking Universitário Folha 2014 (RUF), divulgado nesta segunda-feira, 08, pelo jornal Folha de S. Paulo. A Universidade Federal de Goiás (UFG) aparece com a melhor pontuação dentre as instituições do Estado, na 22ª posição geral, seguida pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), que surge em 94º lugar.

Ambas as universidades goianas mostraram evolução em comparação com o mesmo ranking do ano passado. A UFG, em 2013, ocupava a posição de número 23 na lista, com 62 pontos no total. Neste ano, atingiu a soma de 87 pontos (com o acréscimo do quesito Internacionalização nos critérios de avaliação). Já a PUC-GO saltou 15 posições. Em 2013, ocupava a 109º posição com 26,92 pontos, agora chega aos 43.

Para compor o ranking de universidades, a Folha de S. Paulo, com apoio do Instituto Datafolha, classificou as 192 universidades brasileiras, públicas e privadas, a partir de cinco indicadores: pesquisa, inovação, ensino, mercado e internacionalização (acrescentado neste ano), chegando a cem pontos. A melhor universidade em cada quesito, leva a pontuação máxima e as demais têm a nota calculada a partir dela.

Assim, foram atribuídas notas em cada quesito, avaliando-se o número de pedidos de patentes que a universidade possui ou a proporção de professores com doutorado, por exemplo. Tanto a UFG quanto a PUC-GO se destacaram no quesito Mercado, que avaliou, através de pesquisa pelo Datafolha, com 1.970 responsáveis pela contratação de profissionais, aceitação dessas universidade no mercado. A PUC-GO ficou em 11ª no ranking geral, enquanto a UFG ficou em 16º, com 17,02 e 16,53 pontos respectivamente.

No quesito de Ensino, a UFG fez 24,81 pontos de um total de 32, ficando na 27ª posição. Enquanto em qualidade de pesquisa ficou em 23º, com 35,19, de um total de 42 pontos, ocupando a 23ª posição. Já a PUC-GO ficou em 122º e 131º, respectivamente, com 12 pontos em ambos. Para se ter uma ideia, a Universidade de São Paulo (USP) atingiu 41,29 pontos em qualidade da pesquisa acadêmica, por conta do maior número de artigos científicos publicados. Já no ensino a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) fez 31,20 pontos por conta da qualidade de ensino.

De acordo com o RUF, entre as dez primeiras universidades na lista geral, seis estão no Sudeste; três no Sul e uma no Centro-Oeste - a Universidade de Brasília (UnB), que ocupa a oitava posição.

BOA AVALIAÇÃO

O reitor da UFG, Orlando Afonso Valle do Amaral, avalia como importante a composição do ranking para se fazer uma reflexão das universidades no Brasil. O aparecimento da UFG na 22ª posição é considerado resultado favorável, por mostrar evolução diante da avaliação do ano passado. “Se compararmos somente com as universidades públicas, ficamos na 16ª posição geral, o que é bastante importante. A universidade avançou bastante no últimos anos, em termos de pesquisa, e temos muito potencial para avançar”, diz.

Valle diz que esse avanço pode ser medido pelo quadro atual da universidade, que possui mais de 80% de professores mestres e doutores. Associado a isso destaca o número de cursos de pós-graduação que a universidade possui, ultrapassando os cem cursos de mestrado e doutorado. “Podemos melhorar, mas o ranking mostra o que outros índices já mostraram. Os cursos de Ecologia e Geografia atingiram conceito 6 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) – o máximo é 7. É importantíssimo estabelecermos excelência e isso se faz com investimento.”

DISTORÇÃO HISTÓRICA

A pró-reitora de graduação da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (Puc), Sônia Gomes Sousa, também comemora os números. Ela salienta que a boa avaliação da universidade no mercado é reflexo de um trabalho com os estudantes através de estágios - obrigatórios e não-obrigatórios. Com isso, se cria uma bom relacionamento com as empresas e confiança por parte do aluno.

Ela lembra que a interiorização da universidade brasileira é recente. “Pelo ranking é possível perceber uma concentração de excelência na Região Sudeste, o que marca as profundas desigualdades no Brasil”, avalia. “Por outro lado, mostra um mapa passível de transformações e mudanças. A possibilidade de crescimento na Região Central do País é visível. O fato de termos duas universidades entre as cem melhores do País mostra isso”, acredita.

Outras goianas aparecem na lista

Outras duas universidades goianas aparecem no Ranking Universitário Folha, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) e a Universidade de Rio Verde (Fesurv). A UEG também mostrou melhora, subindo da 135ª posição, no ano passado, chegando à 113ª posição. No ranking deste ano, a instituição estadual fez 39 pontos no total, sendo melhor avaliada também no quesito “mercado”, com 11 pontos, ocupando a 71º colocação.

Já a Fesurv caiu no ranking. Em 2013, ocupava a posição de número 153 e, neste ano, caiu para a 171ª colocação, com apenas 18 pontos no total. Na qualidade de ensino, a Universidade de Rio Verde fez apenas um ponto, ocupando a 183ª posição, enquanto no quesito qualidade de pesquisa fez 13 pontos, ocupando a 129ª posição.

 

Fonte: Portal Rádio Rio Vermelho

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