"A arte não elitiza. Ela sensibiliza"

Data: 22/09/2014

Fonte/Veículo: Diário da Manhã

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JÉSSICA FERNANDES

 

Nascida em ambiente voltado para as artes, Cicy Curado estudou acordeon ainda nova, cantou em dupla nos saraus de família e após o ginásio frequentou a Escola de Belas Artes, onde se formou como professora primária.

Com o curso registrado pela Universidade Católica de Goiás, na época UCG, Cicy tirou o registro de professora secundária em Desenho Pintura e História da Arte. Com a participação em coletivas, Cicy ganhou a primeira menção honrosa junto a outros artistas e na década de 70, a artista participou e representou o Estado de Goiás na Bienal dos Artistas Brasileiros.

Cicy Curado foi a primeira diretora da Escola de Artes Veiga Vale, da unidade de ensino Centro Basileu França. Na Universidade Federal de Goiás, ingressou como docente e se aposentou como professora adjunta. Lecionou Educação Artística, no Colégio de Aplicação Da Faculdade de Educação, História da Arte Estágio Supervisionado com alunos do instituto de Artes Visuais da UFG e Arte e Alfabetização, na pós graduação da Faculdade de Educação. Sempre associada aos movimentos de artes plásticas e participante de neo exposições.

“Ainda bem jovem aceitei o desafio de em plena “ditadura” de efetivar uma escola que se propunha permitir a experiência artística para as pessoas de três a 80 anos. A escola seguia o modelo implantado pelo fotógrafo Augusto Rodrigues, Escolinha de Arte do Brasil, na cidade Rio de Janeiro. Aqui em Goiânia chamava Escolinha de Arte do Departamento de Cultura da Secretaria de Cultura de Goiás e que até hoje permanece em atividade com o nome de Escola Veiga Valle que se expandiu para Centro de Ensino de Artes Basileu França. A arte não elitiza. Ela sensibiliza e isso incomoda”, afirma Cicy Curado.

A linguagem artística de Cicy passou pelo metal, madeira, argila, desenho e pintura. “O fator que me levou para as artes talvez foi o fato da minha natureza inquieta e curiosa e também pela convivência e estimulo de colegas. Fiz várias oficinas mas penso que me aprimorei no desenho. Na pintura ainda sou aprendiz”.

“Já tive experiência com vitrais e painéis com argila. Tenho um pouco de cada em meu acervo. Admiro muito o trabalho de Portinari, cuja casa restaurada visitei no começo do ano. E em Goiás admiro vários estilos e técnicas variadas. Todos os artistas contemporâneos e também os artistas jovens. Me encanto com o trabalho deles”, diz Cicy.

O trabalho da artista envolve os vários tons de azul, além do amarelo e do cinza. “ A verdade é que não respiro sem arte. Agora estou cursando Harmonia e Teclado no Centro Livre de Artes e por isso tenho me arriscado a compor. Já tenho um CD com quatro músicas registradas na Biblioteca Nacional e mais duas canções em ritmo de bossa e bolero. Com a arte pretendo finalizar meus dias, saboreando o toque da brisa, o arco– íris no pôr do sol, o perfume da rosa, a alegria de meus animais quando se aproximam de mim e principalmente a resposta de uma indagação quando me proponho a expressar minha visão de curral e de quintal em tinta a óleo”, finaliza a artista Cicy Curado.

Fonte: Diário da Manhã

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