Perspectivas futuras para a piscicultura goiana

Atualmente, Goiás possui cinco centros de beneficiamento – em Alexânia, Anápolis, Bonfinópolis e ainda em Aparecida de Goiânia, onde se encontra o Friocentro, com linha de filetagem de tilápia com 3,2 mil metros de área construída e capacidade de armazenamento de 1,5 mil toneladas. Um convênio com o Ministério da Pesca e Aquicultura, assinado pelo ministro Marcelo Crivella em agosto de 2013, no valor de R$ 15 milhões, garantirá ao Estado a construção de uma grande fábrica de ração em Itauçu, a 72 quilômetros de Goiânia, a capital do Estado.

O empreendimento atenderá a produtores de mais de 60 municípios, aproveitando os resíduos de indústrias de processamento de pescado da região para a produção de farinha de peixe, um ingrediente da ração. A fábrica está projetada para garantir até 20 toneladas por dia. O governo goiano assinou acordos de cooperação e assistência técnica e capacitação, em aquicultura, com o Sebrae, Senar, IF Goiano, UFG, UEG e Emater.

Potencial brasileiro

Com a pesca extrativa estagnada há alguns anos em todo o mundo e a perspectiva do mercado internacional precisar de mais 50 milhões de toneladas até 2030, de acordo com a FAO, o Brasil desponta como um dos países com maior potencial para atender a demanda.

Desde meados de 2013 o MPA destinou mais de 900 hectares de áreas sob domínio da União para a produção de 210 mil toneladas de pescado por ano, entre peixes, ostras e mexilhões. As áreas estão localizadas em reservatórios de usinas hidrelétricas e ambientes marinhos em Santa Catarina, Alagoas, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, São Paulo, Tocantins, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Paraná e Rio de Janeiro. "Além de criar aproximadamente 10 mil empregos diretos, a licitação destas áreas desenvolve a aquicultura e movimenta a economia nestas regiões", destaca Adilon.