UFG sedia olimpíada estadual de Robótica

Data: 07/10/2014

Veículo: O Hoje

Repórter: Cynthia Costa

Link:http://www.portalohoje.com.br/homologacao_20052013/cidades/ufg-sedia-olimpiada-estadual-de-robotica/

 

UFG sedia olimpíada estadual de Robótica

Crianças e jovens dos ensinos médio e fundamental se reuniram para mostrar os robôs que criaram como parte do currículo escolar

Cynthia Costa

Goiás está se tornando um celeiro de pesquisas em robótica. A prova é a realização da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), que aconteceu neste final de semana no Centro de Eventos Ricardo Freua Bufáiçal da Universidade Federal de Goiás, no Câmpus 2, no Conjunto Itatiaia.

Há cinco anos, segundo o professor Juliano Miranda, apenas cinco equipes de escolas privadas representavam o Estado de Goiás no evento. “Gradualmente, esse número foi aumentando, chegando a 70 equipes de quatro alunos em 2013.” Ele afirma que, onde há incentivo, como no caso das instituições particulares, a participação aumenta exponencialmente.

Ex-coordenador da OBR por três vezes, Juliano lamenta a disciplina não fazer parte do currículo dos colégios estaduais e municipais. “Talvez poderíamos descobrir mais jovens interessados nessa área”, destaca ele.

O educador explica que a olimpíada possui duas modalidades: a teórica e a prática. “A primeira já foi realizada e a segunda, etapa que acontece hoje, é uma classificatória para as finais que irão acontecer em São Carlos, no interior de São Paulo, em outubro.”

Juliano ressalta que os robôs demoram algum tempo para atingir o patamar de participação em uma competição. “A preparação das máquinas envolve planejamento e estudos para chegar ao resultado final. E isso dura, em média, de quatro a cinco meses.”

 

Público diferenciado

Para o atual coordenador da OBR 2014, professor do Instituto de Informática da UFG Anderson da Silva Soares, é interessante a instituição receber esse público diferenciado. “Além de interagir com os alunos dos níveis médio e fundamental, podemos observar quem poderá ser os potenciais alunos para a UFG.”

Ele relatou que, neste ano, cerca de 20 escolas estão concorrendo na olimpíada. Revelou ainda que a Olimpíada Brasileira de Informática, realizada no ano passado, serviu de vitrine para grandes empresas como Google e Facebook. “Essas empresas viram alunos nossos participando da OBI e os convidaram para fazer estágio. Logo depois, eles foram contratados por elas.”

De acordo com Anderson, as escolas estão buscando formas de bonificação para alunos que se destacarem entre os competidores. “O governo federal também está estudando esse bônus através do Enem e do programa Ciência Sem Fronteiras.”

Heitor Ricieri Guerino Júnior, de 13 anos, foi o vencedor da OBR de 2013. “Eu sempre gostei de brincar com computador desde criancinha e, depois que tive aulas de robótica, pude colocar em prática aquilo que já imaginava.” O garoto pretende estudar engenharia mecatrônica para poder continuar criando novas máquinas.

O colega de escola, Frederico Bonatti Buiatti e Espíndola, 12, também pensa seguir a mesma profissão de Heitor. É a segunda vez que ele compete. “No ano passado, minha equipe ficou em sétimo lugar, mas vamos ver se subimos um pouco mais desta vez.”

 

Ciência e tecnologia mais acessíveis

A organização da OBR ficou a cargo, nesta edição, do Núcleo de Robótica Pequi Mecânico da Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação da UFG. Conforme o presidente do núcleo, Kléber Macedo Cabral, a olimpíada é uma oportunidade única para os jovens. “Podemos mostrar para eles que a ciência e tecnologia são coisas possíveis, palpáveis e que podem ser divertidas.”

Ele explicou que o núcleo foi fundado pelos próprios alunos a fim de desenvolver robôs. “Em 2013, três equipes participaram da olimpíada universitária em três categorias diferentes e ficamos em terceiro lugar.” Para o próximo evento, a intenção é enviar quatro equipes para a Competição Latino-Americana de Robótica.

 

Fonte: O Hoje

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