Exposição Campo Branco, com obras de seis artistas mineiros, abre hoje na Galeria da FAV-UFG

Data: 29 de outubro de 2014

Fonte/Veículo: O Popular

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Bruno Félix

29 de outubro de 2014 (quarta-feira)

Divulgação

 

Obra Lagoa da artista Isaura Pena integra exposição na FAV

 

Obras de seis artistas plásticos do cenário da arte mineira contemporânea serão apresentadas hoje, a partir das 10 horas, na exposição Campo Branco, na Galeria da Faculdade de Artes Visuais da UFG (FAV). Em exibição, grandes painéis e séries de desenhos, pinturas e fotografias, conectados em peculiaridades como paisagens, referências geográficas, espacialidade, noção de vazio e sentido construtivo. A mostra fica aberta para visitação até 28 de novembro. A entrada é franca.

O grupo é formado pelos mineiros Pedro Motta, Francisco Magalhães, Isaura Pena, Júnia Penna, Ricardo Homen e Rodrigo Borges. Nas obras, fruto de estudos, eles fazem uma ponte geográfica entre o Ceará e Minas Gerais, que partilham de uma vegetação comum, a Caatinga, espalhada entre os Estados do Nordeste e também no norte mineiro. A conexão das obras é o diálogo por meio da observação do lugar, dos fatos sociais, dos movimentos sociais, entre outros aspectos.

Na mostra, a Caatinga faz-se presente nas obras mais em sentido metafórico que literal. É um ponto de partida para reflexões sobre o espaço de atuação do artista. O aparente “vazio” do bioma da seca se torna oportunidade de criação. A estreia oficial da exposição ocorreu em Fortaleza (CE), em 2012. No entanto, o projeto deriva de outro trabalho, Geometria Impura, de 2006, produzido também em coletivo com sete artistas mineiros, sendo que seis estão novamente juntos.

ARTISTAS

Os artistas Ricardo Homen e Isaura Pena trabalham a potencialidade da matéria como assunto da superfície com pinturas geométricas em tela, fazendo referências a paisagens e horizontes, ora por meio de estruturas e cor, ora por um limite opaco de planos chapados e transparentes. Já o premiado fotógrafo Pedro Motta volta seu olhar clínico para a amplitude do lugar e explora poeticamente a relação homem-natureza, instaurando outras construções e símbolos possíveis.

As esculturas de Rodrigo Borges evidenciam uma discussão sobre a noção de espacialidade a partir de uma relação com a arquitetura, proporcionando um efeito gráfico multicolorido, que é característica de suas obras. Já Francisco Magalhães e Júnia Pena atuam no limite da espessura alargada, quase como um planalto, que não estabelece critérios sobre que aparência deve ter. Para eles, os limites entre os diversos campos de trabalho e o espaço revelam-se esgarçados.

Fonte: O Popular

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