UFG na passarela

Formandos do curso de Design de Moda coordenam os desfiles da 9ª edição do projeto com coleções inspiradas em obras do cinema

Taynara Borges

29 de outubro de 2014 (quarta-feira)

Foto_Isa Reis.Modelo_Tati Tavare

“O poder da sedução é o foco central da coleção que traz consigo a extravagância e a beleza da silhueta feminina”

Os alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG) transformarão o Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, no Câmpus 2 da instituição, em uma enorme passarela de moda. Às 20 horas de hoje, os formandos do curso de Design de Moda realizam a 9ª edição do FAV Fashion, desfile que funciona, ao mesmo tempo, como despedida da universidade e como um cartão de visitas para o mercado de trabalho.

Neste ano, o desfile será pautado pelo cinema e as coleções foram inspiradas em filmes escolhidos por cada aluno. Toda a concepção, desde a iluminação e estrutura até a divulgação do FAV Fashion é realizada por eles, com a ajuda de estudantes de outras áreas como arquitetura, design gráfico e jornalismo.

Para a aluna Indyanelle Marçal, que está atuando na organização do evento, o desfile é a oportunidade de o aluno mostrar que está pronto para encarar o mercado de trabalho. Ela conta que o projeto surgiu diante da dificuldade dos estudantes de encontrarem o estágio obrigatório para compor o currículo da graduação. “Foi uma disciplina que deu tão certo que virou um projeto de extensão que hoje envolve diferentes áreas aqui na universidade”, explica.

Cada aluno desenvolverá uma coleção outono-inverno 2015 a partir de um filme e apresentará três looks diferentes. Em seus trabalhos, eles deverão explorar diversos segmentos de moda, como infantil, festa, casual-chic, alfaiataria, moda alternativa, prêt-à-porter de luxo, lingerie e moda masculina.

Para a professora Lavínnia Seabra, coordenadora do FAV Fashion, este ano o projeto ganha uma nova dimensão. “Ele sai um pouco da estrutura convencional porque os alunos aceitaram o desafio de montar um cenário especial. Nas outras edições trabalhamos com a passarela tradicional e este ano saímos dessa estrutura que as pessoas estavam acostumadas a ver”, pontua. Além disso, ela chama a atenção para a parte de estamparia, que foi toda desenvolvida por cada participante. “As estampas são próprias, personalizadas. É a primeira vez que cada aluno desenvolve seu desenho”, enfatiza.

Além do público composto pela comunidade em geral, a professora diz que são esperados empresários do setor de confecções para que eles possam ver de perto o trabalho dos novos profissionais que estão ganhando o mercado e, quem sabe, gerar novos negócios e contratações. “Este é o nosso foco. O que queremos é colocá-los em contato direto com estes novos profissionais e que eles entendam que a mão de obra formada aqui que pode alavancar sua marca”, declara.